15 de março de 2010

Bahia disputa central nuclear que vai gerar 7 mil vagas de emprego

Para garantir o crescimento econômico acima de 4,1% pelos próximos 20 anos, o Brasil vai precisar incluir em sua capacidade de geração de energia atual – próxima dos 100 mil megawatts – três mil megawatts por ano. Energia elétrica suficiente para abastecer uma Salvador e meia. Neste contexto, o Plano Nacional de Energia 2030 aponta a necessidade de ampliação da matriz (fonte de produção) nuclear, entre outras. A Região Nordeste deverá ter uma central nuclear com duas usinas – a primeira entra em atividade em 2019 e a segunda em 2022.

O governador Jaques Wagner já declarou que vê com bons olhos a possibilidade de a Bahia receber um investimento a partir de R$ 10 bilhões, mas que pode chegar a R$ 14 bilhões, a depender da potência do reator escolhido. “A coisa está incipiente, mas vou me empenhar politicamente para trazer, sim”.

A Eletronuclear, estatal que pesquisa locais e vai operar as usinas, acredita na geração de 5,5 mil empregos durante os oito anos de construções, além de 1,5 mil durante a operação. Para garantir o espaço para a mão-de-obra local, as usinas serão acompanhadas por uma escola técnica.

Nas próximas duas décadas, a demanda por energia elétrica vai aumentar 43,26%. O número de domicílios ligados à rede vai passar dos atuais 57,5 milhões para 82 milhões, segundo o Plano Nacional de Energia 2030. Até lá, acredita-se que todos os brasileiros terão acesso à luz elétrica. Com as restrições ambientais para a construção de novas hidrelétricas, responsáveis por 80% do atual fornecimento, as incertezas em relação ao futuro do petróleo, o uso do urânio tem ganhado adeptos.

A  TARDE ONLINE

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