BRASÍLIA - O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (
ICMBio) está com novo presidente.
Cláudio Carrera Maretti tomou posse no dia 21 de maio de 2015, na sede da autarquia, em Brasília. Autarquia criada em 2007, o ICMBio é responsável pela gestão de 320 Unidades de Conservação federais.
Gestor ambiental, Maretti substitui Roberto Vizentin. Ele trabalha com áreas protegidas e manejo do meio ambiente e de conservação há mais de 30 anos. Formado como geólogo em 1981, concluiu mestrado em Engenharia Geotécnica em 1990 (zoneamento da Região Estuarino-Lagunar de Iguape e Cananéia) e doutorado em Geografia Humana em 2002 (gestão territorial comunitária no Arquipélago dos Bijagós, África Ocidental).
Seus trabalhos se concentraram no Brasil (zona costeira, Mata Atlântica e Amazônia), na América Latina (Galápagos e Pan-Amazônia) e na África Ocidental (arquipélago dos Bijagós e zona costeira da Guiné Bissau). É membro de Comissões da UICN, inclusive da Comissão Mundial de Áreas Protegidas, da qual foi vice-presidente regional, de 1997 a 2004, e ponto focal para o Brasil.
Durante a cerimônia de posse, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, elogiou a renomada trajetória profissional de mais de 30 anos de Maretti na área de conservação de áreas protegidas e destacou as prioridades de gestão ao novo presidente. “Precisamos fazer uma aliança estratégica para dar visibilidade à biodiversidade”, disse Izabella, referindo-se ao trabalho que deve ser integrado com Ibama e as Secretarias de Biodiversidade e Florestas e Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Ela sugeriu que o novo presidente busque recursos financeiros fora do orçamento da União, por meio de projetos junto a órgãos internacionais de financiamento ambiental.
Missão
“Acredito que posso contribuir para essa missão, mas só com o apoio da casa e da sociedade. Sozinho, não farei nada”, declarou Maretti. “Minha decisão, ao aceitar o convite, não foi racional. Meu corpo e minha alma já tinham aceitado. Parece que tudo que fiz até agora foi me preparar para chegar até aqui”.
O ICMBio, autarquia criada em 2007, é responsável pela gestão de 320 Unidades de Conservação federais, pelo reconhecimento de 647 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), que integram o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), e por 14 Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação. Estes tiveram participação estratégica no maior diagnóstico nacional de espécies ameaçadas da fauna, coordenado pelo órgão.