28 de julho de 2014

Site fornece informações em tempo real sobre casos de dengue em Salvador



Motivado pelas dificuldades enfrentadas pelo sistema de vigilância e controle da dengue, no que se refere à identificação precoce dos casos suspeitos da doença nos centros urbanos, no dia 08/11/2011, foi lançado o projeto Dengue na Web. A ideia surgiu a partir da necessidade de se desenvolver novas estratégias capazes de contribuir para o aprimoramento dos programas de vigilância da doença, uma vez que o sistema atual tem característica passiva, ou seja, depende das notificações da demanda espontânea de pacientes aos serviços de saúde pública.

A ferramenta, que está disponível no http://www.denguenaweb.ufba.br/, tem o objetivo de coletar, via web, diretamente da população, informações acerca da ocorrência de doença febril aguda, acompanhada dos sinais e sintomas específicos de febre da Dengue. Tais dados podem contribuir para a detecção mais rápida dos locais com maior incidência de casos.

De acordo com a coordenadora do projeto, Maria da Glória Teixeira, a iniciativa partiu de professores do grupo de pesquisa em doenças transmissíveis e deficiências nutricionais, do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) da Universidade Federal da Bahia, que elaboraram e submeteram o projeto ao Ministério da Saúde que, por sua vez, aprovou a ideia e concedeu recursos financeiros para sua consecução.

A equipe de trabalho é composta por pesquisadores do ISC e do Instituto de Física da UFBA, uma técnica da Secretaria Municipal de Saúde, um profissional da área de epidemiologia com expertise no campo de Tecnologia de Informática, além de estudantes e estagiários da área da saúde e informática. A verba é do Fundo Nacional de Saúde, os recursos são administrados pela FAPEX e o projeto conta com o apoio do Ministério da Saúde e das Secretarias Municipal e Estadual de Saúde.

Além da criação de um website interativo para coletar e analisar, em “tempo real” (inquéritos “on line”), dados referentes à ocorrência de sintomas da Dengue, entre os objetivos do projeto estão o desenvolvimento de um sistema de vigilância epidemiológica de base comunitária, capaz de desencadear sinal de alerta para autoridades e serviços de saúde implantarem Planos de Contigência em tempo hábil; a disseminação de informações sobre a doença para a população geral, especialmente, quanto aos cuidados com o meio ambiente e às iniciativas a serem adotadas na vigência de quadro clínico suspeito; a verificação da pertinência do uso deste modelo para outras doenças transmissíveis e a fundamentação do desenvolvimento de modelos matemáticos que possam auxiliar na previsão de novas epidemias assim como no planejamento das estratégias do controle vetorial.

Conforme afirmou a professora Glória Teixeira, inicialmente, foi incluída no site somente a malha urbana de Salvador. “Contudo, a proposta é expandir para outros municípios interessados, inclusive para outros Estados já contatados, a exemplo de Sergipe e Ceará. O projeto visa alcançar a população como um todo, uma vez que a dengue acomete indivíduos de todas as camadas sociais, residentes em todas as cidades do país”, complementou.

EscolaContraDengue2 09-10-13

Funcionamento do sistema


O site possui características interativas que permitem receber informações de usuários sobre sinais e sintomas de Dengue, os quais já estão pré-definidos em questionário a ser preenchido on-line. O primeiro passo a ser dado é acessar http://www.denguenaweb.ufba.br/ e efetuar o cadastro. A partir de então, o internauta receberá semanalmente uma newsletter, por e-mail, ocasião em que será sempre lembrado da necessidade de responder ao questionário sobre a existência ou não de sintomas que possam ser indicativos da doença.

O questionário está planejado para que o seu preenchimento seja rápido. Estima-se que o tempo de preenchimento seja de 60 segundos para as situações de ocorrência de sinais e sintomas; e de 10 segundos para os casos de ausência de indícios da doença.

As informações fornecidas pelos usuários são validadas e, “em tempo real”, os casos suspeitos de dengue aparecem plotados em um mapa disponível para visualização no próprio site. Estes dados permitem analisar cientificamente e, de forma prática, as curvas de tendência temporal e a distribuição espacial da Dengue.

Outra funcionalidade da ferramenta diz respeito às orientações sobre como proceder nas situações de suspeita da doença e como manter o ambiente doméstico e das vizinhanças livres do mosquito transmissor. O projeto, que está no seu segundo ano de funcionamento, vem sendo aperfeiçoado com o intuito de tornar o site mais interativo e amigável para os usuários.

Por se tratar de uma iniciativa relativamente nova, é imprescindível investir esforços na divulgação. Para que a população adira a este sistema, o projeto conta com a participação de profissionais da área de comunicação em saúde e de profissionais de mídia. A ideia é divulgar o site, oferecendo explicações sobre o projeto, de forma simples e clara, buscando obter credibilidade, aceitação e fidelização dos usuários. Nessa estratégia, são utilizados diferentes veículos, como televisão, rádio, imprensa escrita e a própria internet.

“Temos trabalhado, principalmente, com os adolescentes, pois acreditamos que este público é um potencial difusor de inovações e tem grande influência sobre os adultos que os cercam. Além do trabalho de divulgação, é necessário o monitoramento diário do site, a análise dos dados coletados, o acompanhamento das postagens nas redes sociais, como o facebook e twiter, a produção de newsletter e o envio de e-mails semanais a todos os cadastrados”, relatou a professora.

Dengue site

Validação da ferramenta


Apesar de ainda ser necessária uma maior adesão da população, já foram validados alguns resultados da ferramenta. Segundo a coordenação do projeto, os dados apresentados pelo Dengue na Web foram certificados e estão de acordo com os relatados, posteriormente, pelo Sistema Oficial de Notificação (SINAN).

Nesse sentido, o site tornou-se uma referência no que diz respeito à utilização da internet como um recurso cotidiano na vigilância epidemiológica de muitas outras doenças e agravos. A expectativa, agora, é oferecer ao SUS a possibilidade de apropriação dessa nova e moderna estratégia, cientificamente testada e validada, de forma a ampliar a capacidade de predição de diversas epidemias, como é o caso da Dengue.

Jornalista responsável: Tiara Rubim / DRT: 3348 – BA

FONTE: FAPEX

PPPG - Abertas as inscrições para Matrícula de Aluno (a) Especial no Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE (Mestrado Acadêmico)

 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Autorizada pelo Decreto Federal Nº 77.496 DE 27-4-1976
Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19.12.86
Recredenciada pelo Decreto Estadual nº 9.271 de 14/12/2004
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO

AVISO
EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES PARA ALUNO ESPECIAL DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO 2014.2
MESTRADO ACADÊMICO

A Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Feira de Santana faz saber que as inscrições para Matrícula de Aluno (a) Especial no Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE (Mestrado Acadêmico) estarão abertas aos portadores de diploma de nível superior da área de Educação e afins. As inscrições serão feitas por email enviado para cada professor (a) no período de 11/08 a 15/08/2014 (ver quadro de vagas do edital).

O Edital completo encontra-se na Secretaria do Programa e no endereço eletrônico da UEFS.

Feira de Santana, 16 de julho de 2014

Profa. Marluce Maria Araújo Assis
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós Graduação

VEJA O EDITAL

FONTE: UEFS

9º Simpósio Brasileiro de Captação e Manejo de Água de Chuva

FONTE: UEFSÁgua de Chuva

Campus Chapada Diamantina: Biologia e Matemática (PARFOR)

Depois do processo de matrícula de 55 alunos pré inscritos nos cursos de Biologia e Matemática (PARFOR), serão ofertadas duas turmas no Campus Avançado da Chapada Diamantina, a partir do segundo semestre.

O CACD, localizado em Lençóis- Bahia, desenvolve, atualmente, apoio à pesquisa e extensão, e seu auditório abriga eventos de Lençóis e da região, formação continuada de professores, cursos diversos, conta com uma biblioteca, suporte para professores de pedagogia, ciências e biologia, um laboratório de Informática, um receptivo, uma sala de exposições, duas salas que acolhem um espaço para pesquisa.
No momento, a Universidade Estadual de Feira de Santana está realizando obras de manutenção do Campus Avançado da Chapada Diamantina.  O projeto foi aprovado pelo IPHAN (autorização 350/14), Parecer Técnico 010/2014, nos termos do que dispõe o Decreto Lei 25/1937 e a Portaria 420/2010, no que se refere à Preservação do Patrimônio Cultural.

Segundo as Engenheiras Nadja Ribeiro Machado Silva (Gerente de Projetos e Obras) e Maria do Socorro Silva (Fiscal de contrato), a conclusão dos serviços de manutenção está prevista para o final de julho, considerando o início das aulas dos cursos de Biologia e Matemática/ PARFOR no dia 17 de agosto de 2014, conforme, nos informou a Coordenadora do Campus, Professora Marjorie Cseko Nolasco.
FONTE: UEFS

IX Feira do Semiárido – abertas inscrições para submissão de trabalhos


Estão abertas as inscrições para submissão de trabalhos para a IX Feira do Semiárido, evento que será realizado de 4 a 7 de novembro de 2014 no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Estudantes e profissionais de nível superior, produtores agrícolas e interessados na temática do semiárido podem solicitar a inscrição, gratuita, até 30 de julho, através de envio de ficha preenchida para o e-mail trabalhoixsemiarido@gmail.com

Acesse aqui as normas e a ficha de inscrição para submissão de trabalhos.

Coordenada pela Pró-Reitoria de Extensão da Uefs, a Feira do Semiárido, nesta nona edição, vai abordar o tema Diversidade Cultural e Políticas Públicas para o Semiárido. Conforme a professora Sandra Nivia Soares de Oliveira, coordenadora geral da Feira, o evento tem o objetivo de ampliar espaços de diálogo e troca de experiências entre a comunidade acadêmica e externa sobre o semiárido.

Durante as atividades, será levada dada ênfase à diversidade cultural e natural desta região, “como pano de fundo para refletir e encaminhar proposições em torno da construção da autonomia econômica, cultural, educacional e tecnológica frente aos desafios peculiares à região”, salientou Sandra Oliveira.
Mais informações podem ser obtidas na Pró-Reitoria de Extensão da Uefs, localizada no primeiro andar do prédio da Administração Central, campus universitário, ou através dos telefones (75) 3161-8026 e 3161-8154.

Como nos anos anteriores, é esperada a participação de milhares de pessoas, dentre agricultores familiares e empreendedores rurais que vivem e trabalham no semiárido, integrantes de associações comunitárias, de movimentos sociais que discutem e estudam alternativas de convivência com o semiárido, cooperativas, incubadoras, organizações não governamentais, empresários e empreendedores do semiárido, professores das Instituições de Ensino Superior da Bahia e da Educação Básica das Redes Pública e Privada, profissionais que desenvolvem pesquisa sobre o semiárido, profissionais que fazem extensão em municípios do semiárido e a comunidade estudantil.

FONTE: UEFS

Mestrado em educação e territórios semiáridos inscreve para aluno especial

Mestrado em educação e territórios semiáridos inscreve para aluno especial

O Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos (PPGESA) do Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus III da  UNEB, em Juazeiro, inscreve entre os dias 30 de julho a 5 de agosto, para seleção de mestrado na categoria Aluno Especial 2014.2.

Estão sendo ofertadas 50 vagas distribuídas entre quatro disciplinas: Fundamentos da Educação para Convivência com o Semiárido (12); História das disciplinas escolares, currículo e avaliação (12); Introdução à Sociolinguística (13) e Letramento e Cultura Visual (13). O candidato que for aprovado nas duas só será admitido em uma única disciplina como aluno especial por semestre.

Para inscrição, os interessados devem preencher ficha de inscrição e apresentá-la junto com toda a documentação exigida em edital, presencialmente, por procuração simples ou via sedex, das 8h às 13h, na Secretaria do PPGESA, no campus. A taxa é de R$ 80.

O resultado da seleção deve ser divulgado no dia 14 de agosto, no site www.ppgesa.uneb.br e no mural da Secretaria Acadêmica do PPGESA.

Os selecionados deverão efetivar matrícula no dia 19 de agosto, das 8h às 13h, na secretaria do programa.

http://www.uneb.br/2014/07/28/mestrado-em-educacao-e-territorios-semiaridos-inscreve-para-aluno-especial/

Universidades poderão ter de disponibilizar produção científica na internet

FONTE: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/471637-UNIVERSIDADES-PODERAO-TER-DE-DISPONIBILIZAR-PRODUCAO-CIENTIFICA-NA-INTERNET.html

Arquivo/ Beto Oliveira
Iracema Portella
 
Iracema Portella: acesso a essa informação é indispensável para desenvolver a investigação científica.

As instituições federais de educação superior e de pesquisa poderão ter de disponibilizar, em formado digital, em site próprio, toda a produção científica de seus professores, pesquisadores e alunos. É o que prevê o Projeto de Lei 6702/13, apresentado pela deputada Iracema Portella (PP-PI).

De acordo com o projeto, a obrigatoriedade abrangerá, no mínimo, as dissertações e teses defendidas na instituição e artigos científicos, livros, capítulos de livros e trabalhos apresentados em eventos pelos professores, pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado.

Ainda conforme o texto, os repositórios digitais das diversas instituições serão integrados em rede, de acordo com normas estabelecidas pelo órgão federal de ciência, tecnologia e inovação responsável.

A deputada destaca que muitas universidades já mantêm repositórios institucionais digitais para a disseminação de sua produção científica e técnica, mas ainda não é uma prática consolidada em todo o País, e alguns são desatualizados. Segundo ela, a Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, mantida pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), também é uma iniciativa nessa direção.
“O projeto pretende dar maior suporte normativo a essa atividade”, afirma. “O acesso a essa informação é indispensável para a formação de pessoal e para o desenvolvimento da investigação científica e tecnológica no País”, complementa.

Tramitação

De caráter conclusivo, a proposta será analisada pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

Reportagem – Lara Haje
Edição – Marcos Rossi

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias'

Folha de S. Paulo

Biólogos criticam estudo de impacto ambiental do pré-sal

O estudo de impacto ambiental produzido pela Petrobras para projetos de exploração e produção de petróleo no pré-sal representa uma "gravíssima ameaça à biodiversidade" de regiões costeiras, afirma um documento assinado por um grupo de biólogos e encaminhado à Procuradoria da República do Estado do Rio em junho.
Baseados em informações divulgadas por representantes da Petrobras em audiências públicas, os cientistas detectaram falhas no EIA/Rima (estudo de impacto ambiental) do projeto, produzido pela consultoria Mineral Engenharia e Meio Ambiente sob encomenda da estatal.
O estudo contempla projetos em implantação pela Petrobras até 2017 na Bacia de Santos, fronteira mais promissora do pré-sal, que devem operar por até 30 anos.
Já encaminhada ao Ibama, a análise chancelada pela Petrobras não prevê plano de monitoramento de impacto ambiental para baías costeiras, dizem os estudiosos. São áreas na rota de navios petroleiros e embarcações de escoamento da produção do pré-sal. Entre as zonas não estudadas, estão as baías de Guanabara e de Sepetiba.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
"As baías costeiras são quase ignoradas no estudo. O impacto causado pelo tráfego de embarcações, a poluição sonora submarina, nada disso foi contemplado", diz José Lailson Brito, chefe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, um dos autores da denúncia.
Outra falha estaria relacionada ao monitoramento de praias nas regiões próximas aos pontos de exploração de petróleo, que ignora o litoral do Rio de Janeiro e um trecho da costa norte do Estado de São Paulo, assim como da costa sul de Santa Catarina.
O estudo da Petrobras prevê o monitoramento de praias apenas no trecho entre Praia Grande, em São Paulo, e Laguna, Santa Catarina.
"Consideramos este EIA/Rima extremamente superficial. Não tratou de questões fundamentais dentro de um empreendimento desse porte como, por exemplo, a abrangência geográfica", diz Brito.
No Ministério Público Federal, o caso está sob os cuidados da procuradora Monique Cheker. Em um primeiro momento, ela expediu um ofício ao Ibama solicitando uma audiência pública para tratar das críticas sobre o estudo de impacto ambiental.
Procurada pela Folha, a Petrobras informou que encaminhou ao Ibama, em 30 de junho, uma nova proposta para monitoramento de praias, "contemplando ajustes na área de abrangência, incluindo municípios do estado do Rio de Janeiro".
Sobre o trânsito de embarcações em baías costeiras, a estatal afirmou que as áreas selecionadas para o escoamento da produção são "portos com elevado movimento e rotas já estabelecidas, nas quais as necessidades do projeto têm pouco impacto."
LICENCIAMENTO FATIADO
Na avaliação do biólogo Leonardo Flach, signatário da denúncia, o estudo enfoca a exploração em mar aberto, mas ignora efeitos nas regiões costeiras. Ele critica o Ibama por não exigir da Petrobras informações sobre o escoamento da produção.
"O órgão licenciador está permitindo fatiar as etapas do processo de licenciamento. Não exigiram uma avaliação sobre o impacto na região costeira. A exploração do pré-sal está sendo tratada de forma fracionada e não de uma maneira global", diz Flach.
Em nota, o Ibama diz que "não concluiu suas análises sobre o referido estudo". A Mineral Engenharia não comentou às críticas ao EIA/Rima. Um representante da empresa diz que as questões pertinentes ao projeto são debatidas em audiências públicas.

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60% das árvores em Salvador estão atacadas por algum tipo de praga

por
Kelly Cerqueira
TRIBUNA DA BAHIA
http://www.tribunadabahia.com.br/2014/07/28/60-das-arvores-em-salvador-estao-atacadas-por-algum-tipo-de-praga
 
 
A erva de passarinho é a que mais ocorre nas árvores da cidade
A erva de passarinho é a que mais ocorre nas árvores da cidade
 
Uma das pragas mais comuns nas árvores que compõem o paisagismo de Salvador, a erva de passarinho é responsável por boa parte das causas de erradicação das espécies urbanísticas da cidade. Quando toma grandes proporções no vegetal, a praga causa uma série de problemas, ocasionando até a sua derrubada.
De acordo com o diretor Executivo de Manutenção e Conservação da Superintendência de Conservação das Obras Públicas, Luciano Sandes, neste inverno cerca de 15 árvores já tombaram, a maioria devido a problemas na estrutura. A estimativa do órgão é que este número cresça em agosto, mês que mais apresenta ventos mais fortes durante o ano.
“Cerca de 60% das árvores de Salvador estão contaminadas com a erva de passarinho, uma praga que se prolifera rápido e que, se não for combatida a tempo, suga todos os nutrientes do vegetal deixando ele fraco e aberto a receber outros parasitas”, explica Luciano.
Segundo ele, nem sempre as unidades atacadas devem ser exterminadas. Às vezes, a poda na área específica de atuação da praga já é o bastante para recuperar o vegetal. No entanto há casos onde a única alternativa é a retirada da árvore, como medida preventiva de acidentes ou danos ao patrimônio público e privado. Antes de qualquer ação, o vegetal é analisado por um engenheiro agrônomo da Sucop.
Além da erradicação por medida preventiva, o órgão municipal também trabalha com a poda das árvores em casos de adequação do vegetal ao espaço urbano, quando a unidade é vetor de animais como abelhas e apresenta risco de queda por outros motivos.
“A ação depende do motivo. Tem árvores que atrapalham a iluminação pública e, portanto, devem ser reparadas, existem espécies que apresentam raízes muito grandes que invadem o sistema de drenagem da água e de esgoto, quebrando tubulações. Nestes casos a erradicação é indicada por causar prejuízos ao patrimônio público”, explica.

Amendoeira
Uma das espécies mais problemáticas e também uma das mais comuns de serem encontradas no paisagismo de Salvador é a amendoeira. Trazida de outros países, a árvore frutífera proporciona longas sombras, no entanto também gera alguns transtornos em áreas públicas e movimentadas, como explica a professora do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia, Ana Aparecida.
“Quando ela cresce, as longas folhas caem e entopem esgotos e bueiros, sem contar que o fruto comestível atrai morcegos. Além disso, possui frutos duros que podem machucar pedestres ou proporcionar danos a automóveis, telhados”, afirma a especialista. Outro problema citado por ela refere-se à raiz do vegetal, que muitas vezes destrói calçadas.
Em substituição das amendoeiras, Ana sugere espécies nativas como o Jacarandá da Bahia, o Pau Brasil, o Ipê, o Oiti ou outras espécies frutíferas que apresentem frutos pequenos. “A escolha da espécie vai depender do local a ser plantado e do espaço urbano disponível”, salientou.
Podas por fazer
Raízes expostas, tronco torto, presença de plantas e animais parasitas e galhos secos são alguns sinais de que a árvore está perdendo a vida. Para evitar estes problemas que acabam resultando na sua erradicação, a professora de biologia indica a manutenção frequente destes vegetais.
A ausência desta ação durante muito tempo é um dos motivos apresentados por Luciano para as frequentes quedas destes vegetais e o grande número de podas realizado nos últimos dois anos.
“Nós estamos correndo atrás do prejuízo. Há muito tempo as árvores de Salvador não passavam por manutenção preventiva e por isto estamos tendo que fazer ações corretivas”, continuou, lembrando que ainda há três mil podas por fazer, no calendário do órgão.
Também esclarece que a reposição das arvores derrubadas não acontece obrigatoriamente no mesmo local. “Tem árvores que são muito antigas, ocupam calçadas, atrapalham os pedestres”, continua.
O trabalho de reposição é realizado pela Secretaria da Cidade Sustentável, órgão que possui metas a serem alcançadas em relação ao plantio de mudas em Salvador, independente da erradicação ou não das unidades na cidade. Segundo Luciano, a meta atual é atingir a marca de 30 mil mudas por ano

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