17 de outubro de 2010

FACOM DEBATE BIODVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CIENTISTAS, MOVIMENTOS SOCIAIS, JORNALISTAS E ESTUDANTES APROFUNDAM OLHAR SOBRE BIODIVERSIDADE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL

No atual cenário de manifestações públicas massivas sobre a necessidade de mudança da pauta política ambiental brasileira, a coordenação do curso de Jornalismo Cientifico e Tecnológico da Facom - Faculdade de Comunicação da UFBA, contribui com o debate nacional, reunindo pesquisadores, movimentos sociais, jornalistas da mídia especializada e órgãos de pesquisa, no Seminário “Desenvolvimento Sustentável e Biodiversidade - Ciência, Tecnologia e Mídia”.

O seminário, patrocinado pela Fapesb, acontece entre os dias 21 e 22 de outubro, das 19 às 22 horas, no auditório da Faculdade de Comunicação, em Ondina, com programação rica, diversa e provocativa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo email seminário.biodiversidade@gmail.com ou email jorncientec@gmail.com informando apenas o nome, RG, profissão e instituição. No local do evento também poderão ser feitas as inscrições entre18 às 19 horas, com direito a certificado de participação.

O evento pretende aprofundar, de forma crítica, transversal, detalhada, através da participação de especialistas renomados e experientes no tratamento e observação cotidianos, o que realmente é o Desenvolvimento Sustentável, tão difundido, marketeado, mas pouco entendido. Contribuem para o enriquecimento dos trabalhos nomes como a doutora em saúde pública, Cilene Victor, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico e diretora de redação da revista Comciência Ambiental; a jornalista Vanja Joice Bispo Santos, do Museu Paraense Emílio

Goeldi; a jornalista Maiza Andrade, editora de Meio Ambiente do Jornal do A Tarde;

o pesquisador Philip Martin Fearnside, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); a professora e pesquisadora Maria Rejane Lira do Instituto de Biologia da UFBA, e o engenheiro florestal, Luís Zarref Henrique Gomes Moura, representante de Movimentos Sociais.

Além dos debates haverá uma oficina e uma exposição fotojornalística sobre temas ambientais realizada pelos Movimentos AMA –Amigos do Meio Ambiente e RAMA- Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental.

A coordenadora do curso de Jornalismo Científico e Tecnológico da FACOM, professora Simone Bortoliero, considera o evento uma rara oportunidade para se discutir o valor da informação científica e o papel do jornalista frente à necessidade de democratização e divulgação da informação como instrumento de poder político para as mudanças em pauta.

O evento foi concebido para favorecer a formação dos divulgadores científicos que se interessam por questões ambientais na Bahia e faz parte da programação oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que irá se realizar em todo o país, entre os dias 18 a 22 de outubro.

O trabalho é fruto de parcerias com a Fiocruz-Bahia, FTC, Pos em Cultura e Sociedade da UFBA, Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, FAculdade de Comunicação da UFBA e tem apoio dos Movimentos Independentes AMA= Amigos do Meio Ambiente e da RAMA – Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental.

Programação

Dia 21 de outubro

Palestras:

1) Biodiversidade e Mídia Especializada Cilene Victor, Presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico e Diretora de Redação da Revista Comciência Ambiental. Doutora em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo e Mestre em Comunicação Cientifica pela UMESP-SP. A jornalista Cilene Victor , que tem sua atuação como pesquisadora no campo do Jornalismo Especializado (Jornalismo Científico e Ambiental), Divulgação Científica e Comunicação de Riscos Ambientais e Tecnológicos.2) “Divulgação Científica em Instituições de Pesquisa – as pautas sobre biodiversidade na mídia brasileira” Vanja Joice Bispo Santos, jornalista do Museu Paraense Emílio

Goeldi, instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência

e Tecnologia do Brasil. Desde sua fundação, em 1866, suas atividades concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. 3) A Contaminação por Chumbo na cidade de Santo Amaro-BahiaMaiza Andrade, jornalista do A Tarde

Dia 22 de outubro

Palestras

1)“Aquecimento Global, Biodiversidade e Mídia”

Philip Martin Fearnside do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Seu trabalho está centrado nos problemas ambientais da Amazônia brasileira desde 1974. Realiza pesquisas ecológicas e estudos sobre os impactos e a perspectiva de diferentes modos de desenvolvimento na Amazônia, além das mudanças ambientais decorrentes do desmatamento da região. Segundo o Instituto de Informações Científicas (Thomson-ISI) o pesquisador é o segundo mais citado cientista no mundo na área de aquecimento global.

2)“Resgate e introdução de fauna silvestre: conceito, metodologias e problemas práticos”

Rejane Maria Lira da Silva professora do Instituto de Biologia da UFBA,

Especialista em Venenos Animais pelo Instituto Butantan de São Paulo (1991), Mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal da Bahia (1996) e Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2001). Suas linhas de pesquisa se concentram em: répteis, aracnídeos, toxinologia, saúde ambiental, museus, história e ensino de ciências, educação científica e educação ambiental.

3) "A luta popular e a questão ambiental sob a análise da mídia".

Luís Zarref Henrique Gomes Moura, Engenheiro Florestal, Especialista em Agroecologia, militante do MST e da Via Campesina. Participante das últimas duas Conferências da Diversidade Biológica da ONU e da Conferência de Copenhagen sobre Mudanças Climáticas.

Atividades

1 - Exposição foto-jornalística “BIODIVERSIDADE EM FOCO - OLHAR TRANSVERSAL”

Realização: Movimento AMA - Amigos do Meio Ambiente

Data: 21 e 22 de outubro de 2010 (o dia todo)

Local: FACOM- UFBA

Campus de Ondina, UFBA

2 - OFICINA JORNALISMO AMBIENTAL

- Jornalista Liliana Peixinho - Ativista Socioambiental

Fundadora da RAMA- Rede de Articulação, Mobilização e Comunicação

Ambiental .e do Movimento AMA- Amigos do Meio Ambiente

Contato – 71 – 9938- 0159 – 8759-5927 ( lilianapeixinho@gmail.com)



Data: 22 de outubro de 2010

Horário: 14 às 17 horas

Local: Auditório da FACOM

Campus de Ondina, UFBA

Parques estão destruídos e população fica sem lazer


Hieros Vasconcelos, do A TARDE

São Bartolomeu: casas de invasão precisam ser relocadas

O pouco que resta das áreas verdes e de proteção ambiental (APAs) dos parques de Salvador está à mercê da degradação, da violência, das grilagens brancas e da ocupação desordenada. É o caso, por exemplo, dos parques Metropolitano de Pituaçu, do Abaeté e São Bartolomeu, este último localizado no bairro de Pirajá.

O Parque São Bartolomeu, que fica na região do subúrbio ferroviário de Salvador, tem 75 hectares. É o que está em pior condição. Teoricamente administrado pelo Estado, possui áreas que representam algumas das últimas remanescentes da mata atlântica da capital e tem servido para desova de corpos, assaltos e uso de drogas. Seu principal riacho, o Mané Dendê, que nasce no Rio Sena (um esgoto) e resulta na cachoeira de Oxum e Nana – localizada na Praça de Oxum – está completamente poluído por conta da ocupação irregular.

“Trata-se de um problema de saúde pública. Essa água chega ao manguezal de Plataforma, contamina peixes e caranguejos que são consumidos e revendidos para a população”, diz o gestor ambiental Silvio Ribeiro, integrante da Associação Amigos do Parque São Bartolomeu.

Considerado um local histórico, e sagrado para as religiões de matriz africana, foi no parque que existiu o Quilombo dos Urubus. Lá também se deu uma das batalhas pela Independência da Bahia, travada pelas tropas portuguesa e pela formada por brasileiros, negros e índios. “Não pode (o Parque São Bartolomeu) ser abandonado só porque está localizado em uma região periférica da cidade”, reclama Silvio Ribeiro.

Promessas – Desde 2007, a revitalização do Parque São Bartolomeu é prometida. São anunciados reordenamento, cercamento, construção de equipamentos de lazer e de comércio, relocamento da população que mora irregularmente no parque, além da despoluição do rio. A verba para as obras, de R$ 15,6 milhões, é fruto de uma parceria do governo da Bahia e do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).

A coordenação do parque é de responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) e a execução da obras, da Conder. O projeto será dividido em duas etapas – na primeira estão previstos a implantação da Via de Contorno/Sistema de Proteção; do Centro de Referência Parque São Bartolomeu; do Centro de Cidadania e Cultura de Pirajá; Mirante Ilha Amarela, além da requalificação da Praça de Oxum.

Leia mais sobre o tema na edição impressa de A TARDE deste domingo, dia 17. Ou acesse aqui a versão digital, se for assinante


http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=5637008

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