22 de fevereiro de 2013

Inscrições abertas para Seminários sobre Ecologia

mbos são gratuitos, mas requerem inscrição

Estão abertas as inscrições para os Seminários Abertos do Projeto INOMEP/PRONEX:  “Ecologia, Conservação e Sociedade” e “Teoria, Modelagem e Estudos Empíricos na Ecologia” que acontecem nos próximos dias 28/02 e 01/03 no Auditório do PAF III, Campus de Ondina, UFBA. Os eventos contarão com a participação de palestrantes internacionais e por isso haverá tradução simultânea.  Ambos são gratuitos, mas requerem inscrição pelo e-mail workshop.pronex@gmail.com. 
Programação
- Dia 28/02/2013 -> Seminário - “Ecologia, Conservação e Sociedade”
14:00-14:15 – Abertura
14:15-15:15 - Valmir Gabriel Ortega (Conservação Internacional do Brasil): gestão ambiental e o desafio de reestruturar os sistemas de controle da qualidade ambiental
15:15-16:15 – Daniel Blumstein (Universidade da Califórnia/Los Angeles, EUA):
 (Ecologia comportamental tradicional: Integrando comportamento no manejo da vida selvagem – Uma perspectiva temerosa)
16:15-16:30 – Intervalo
16:30-17:30 - Carla Morsello (USP): A dimensão humana da conservação biológica: componente crucial, mas negligenciada?
17:30-18:30- Mariana M. Vale (UFRJ): Viés amostral nos inventários biológicos e riqueza de espécies na amazônia: consequências para a conservação

- Dia 01/03/2013 -> Seminário - “Teoria, Modelagem e Estudos Empíricos na Ecologia”
Manhã
09:00-09:30 – Abertura do evento
09:30-10:30 – André Chalon e Paulo Inácio de Knegt López de Prado (USP):
Exploração do espaço de parâmetros dos modelos ecológicos
10:30-11:30 - Daniel T. Blumstein (Universidade da Califórnia/Los Angeles, EUA): Marmotas-de-ventre-amarelo: Insights de uma visão emergente da socialidade.
Tarde
14:00-15:00 – Donato Bergandi (Museu de História Natural, Paris, França):
As ecologias entre emergência, metafísica e estratégias metodológicas
15:00-16:00 - Gustavo Caponi (UFSC)
Razão de ser e legitimidade do discurso funcional em ecologia
16:00-17:00 - Mark Borrello (Universidade de Minnesota, EUA): A evolução da individualidade? Uma análise histórica, conceitual e experimental.




Oficinas promovem intercâmbios entre pesquisadores socioambientais

Atividade acontecem em FFCH, no São Lázaro

A fim de promover intercâmbios com Pesquisadores e Grupos de Pesquisa baianos, o Laboratório de Estudos Vinculares e Saúde Mental (IPS-UFBA), em sua perspectiva interdisciplinar, promoverá nos dias 25 e 26 de fevereiro, duas atividades, ministradas pelo Professor Franciso Javier Guevara Martínez (é Doutor pela Universidad Jagiellona, Cracovia e atualmente Docente-Investigador no Colegio de Tlaxcala – México), envolvendo a temática da Psicologia Ambiental e da Ecologia Humana.

No dia 25/02, acontece a oficina: “Modelo de intervenção socioambiental para a produção de comportamentos pro ambientais”, voltada para professores, pesquisadores e alunos de pós-graduação, a partir das 14h, na Sala 15 do Pavilhão de Aulas de São Lázaro - FFCH.  No dia 26\02, às 10 horas será realizada a Conferência Aberta: As contribuições da Psicologia Ambiental para o Desenvolvimento Social, no Auditório do Centro de Recursos Humanos – FFCH, em São Lázaro.
Para a oficina do dia 25, os interessados poderão se inscrever através do email eventosemináriolev@gmail.com. No dia seguinte, 26, a Conferência será aberta a todos os interessados na temática.

Jacutinga - Aburria jacutinga

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Fotos: Flavio Guglielmino (1), Lucas Leite - www.noticiaanimal.com.br (2), Marco A. de Freitas (3,4)
É um dos mais belos e emblemáticos endemismos da Mata Atlântica.
Espécie florestal, prefere as matas primárias de baixada e de média altitude, havendo registros até 1.000 m acima do nível do mar. Suspeita-se que possa fazer migrações altitudinais, especialmente na Serra do Mar, acompanhando a frutificação de algumas espécies de árvores. Era mais comum ao longo de cursos d´água do que no interior das florestas. Passa a maior parte do tempo nas árvores, descendo ao solo apenas para apanhar alguns frutos caídos ou para beber água. Frugívora, com uma dieta ampla, que inclui frutos do palmito (Euterpe edulis), um dos seus alimentos favoritos. Regurgita as sementes ingeridas ou as elimina com as fezes, apresentando um papel importantíssimo na dispersão de sementes nas florestas onde habita.
Discreta. Chama a atenção no final da tarde ou no amanhecer, executando barulhentos vôos territoriais, graças às modificações nas suas rêmiges primárias. A reprodução ocorre no segundo semestre, entre agosto e novembro. Seu ninho é uma plataforma simples, construída com galhos e ramos no alto das árvores. A fêmea coloca de 2 a 3 ovos de casca branca, que se torna marrom com o tempo. Os filhotes, nidífugos, acompanham os pais pela ramaria alta tão logo a plumagem esteja seca (MACHADO et al., 2008).
altMACHADO et al., 2008
GRUPO Aves
ESPÉCIE Aburria jacutinga (Spix, 1825)
NOME VULGAR Jacutinga
FATORES DE AMEAÇA Perda/degradação de habitat e caça.
BIOMA Mata Atlântica
PLANO DE AÇÃO PAN Galiformes (publicado em 2008)
CENTROS DE PESQUISA CEMAVE
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - PARNA de Ilha Grande² (MS/PR);
- PARNA do Iguaçu², APA de Guaraqueçaba², PE da Mata dos Godoy¹, PE das Lauráceas¹, PE da Graciosa¹, APA Guaratuba¹, RPPN Corredor do Iguaçu I¹, EE Rio dos Touros¹ (PR);
- PE do Rio Doce¹ (MG);

- PARNA de Itatiaia² (MG/RJ);

- PARNA da Serra da Bocaina² (RJ/SP);

- PE de Carlos Botelho¹, PE Intervales¹, PE Ilhabela¹, PE Ilha do Cardoso¹, PE Serra do Mar - Núcleo Caraguatatuba¹, PE Serra do Mar - Núcleo Santa Virgínia¹, PE Serra do Mar - Núcleo Cunha¹, EE de Boracéia¹ (SP);

- PE da Serra do Tabuleiro¹ (SC);

- PE do Turvo¹ (RS).
REFERÊNCIAS - ¹MACHADO, A. B. M; DRUMMOND, G. M. & PAGLIA, A. P. (eds) Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Volume II. 1.ed. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. 906 p.
- ²NASCIMENTO, J.L.; CAMPOS, I.B. (orgs.). Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais. Brasília,DF: ICMBio. 276 p.

Pós-Graduação em Educação Ambiental, Biodiversidade e Cultura Regional pelo Campus XXIV, Xique-Xique

pos-educação-ambiental
O curso terá duração de 18 (dezoito) meses, com aulas presenciais e de aprendizagem a distância, pelo método da alternância e em serviço na escola, na comunidade e/ou na organização em que atua o discente, de modo a proporcionar mudanças de hábito, valores e atitudes acerca da temática indissociável: educação-indivíduo-ambiente, atendendo a demandas do desenvolvimento, sob bases sustentáveis.
EDITAL DO CURSO para maiores informações
CARGA HORÁRIA: 495h horas (divididas em 11 componente/módulos)
FREQUÊNCIA: As aulas ocorrerão a cada 15 dias, às sextas-feiras à noite, e nos sábados, nos turnos matutino e vespertino, com atividades teóricas e práticas.
VAGAS: 20 (vinte) vagas
INSCRIÇÕES: As inscrições deverão ser efetivadas pessoalmente ou por procuração no Núcleo de Pesquisa e Extensão (NUPE) da UNEB, Campus XXIV, localizado na Rua João Guimarães, S/N-Bairro São Francisco km Xique-Xique– BA; CEP: 44400-000;
Telefone: (74) 36611774/1710.
Horário de atendimento das 8h às 11h e das 14h às 17h, exceto sábado e domingo.
PERÍODO DE INSCRIÇÕES: 16 de janeiro a 22 de fevereiro de 2013.
INVESTIMENTO:
R$ 75,00 (setenta e cinco reais) – Taxa de Inscrição
R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) – Taxa de Matrícula

PRORROGAÇÃO
INSCRIÇÃO

 Até 05/04/2013

HOMOLOGAÇÃO DAS INSCRIÇÕES

08/04/2013

SELEÇÃO DOS CANDIDATOS

09/04 a 12/04/2013

RESULTADO DA SELAÇÃO

15/04/2013

MATRÍCULA

16 a 26/04/2013

INÍCIO DO CURSO

03/05/2013


GABINETE DO REITOR DA UNEB, 21 de fevereiro 2013.

Lourisvaldo Valentim da Silva

Um estranho caso do coco-da-Bahia (Cocos nucifera L.)

Por Luiz Armando de Araújo Góes-Neto *
* Biólogo. Mestrando em Botânica Tropical - Museu Paraense Emílio Goeldi – MCT, Campus de Pesquisa, Coordenação de Botânica. Av. Perimetral 1901, Terra Firme, Belém-PA. CEP: 66017-970. E-mail: netto_marley@hotmail.com .


As palmeiras pertencem à família Arecaceae (ordem Arecales) e são vegetais de extrema importância na vida dos seres humanos desde as mais antigas civilizações. Purseglove (1972) comenta que “a ampla multiplicidade de sua utilização econômica colocam-na em segundo lugar dentre as plantas úteis, perdendo apenas para as gramíneas”.
Figura 1: Coco-da-Bahia (Cocos nucifera L.) bifurcado, ilha de Boipeba, Cairú, Bahia. Foto: Luciano R. A. Souto.


Realmente sua importância econômica é enorme até os dias de hoje. Algumas comunidades ribeirinhas amazônicas, por exemplo, sobrevivem exclusivamente do plantio e aproveitamento de palmeiras como o açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Além desta, encontramos outras espécies muito utilizadas, como o dendê africano (Elaeis guineensisJacq.), o babaçu (Attalea brasiliensis Glassman), a piaçava (Attalea funifera Mart. ex Spreng.), a pupunha (Bactris acanthocarpa Mart.), dentre outras.
De acordo com Lorenzi et al. (2004), a origem da palavra palma é remota. Segundo estes autores, os povos itálicos aplicavam-na à tamareira (Phoenix dactylifera L.) da África Mediterrânea e do Oriente Médio; os gregos chamavam-na de fóinix palavra de origem fenícia. Esta palavra por influência árabe e aramaica foi aplicada à antiga cidade turca Palmira, com o significado de “cidade onde haviam palmas”.

Apesar de serem amplamente distribuídas por todo o mundo desde 44o N a 44o S de latitude, do nível do mar até 4.000 m de altitude e de florestas tropicais a áreas desérticas, as palmeiras simbolizam popularmente a paisagem tropical (Jones, 1995). Isto se deve ao fato de ocorrerem principalmente nos trópicos e sub-trópicos, sendo especialmente diversas na Amazônia e Malásia e pouco representadas na África, com exceção da ilha de Madagascar que conta com dois gêneros e um grande número de espécies (Uhl & Dransfield, 1999; Lorenzi et al. 2004). Diversos gêneros de palmeiras apresentam ocorrência restrita a pequenas áreas, indicando habilidade de ocupação de nichos específicos (Jones, 1995). Sua aparência diferenciada e simples arquitetura promovem, de modo geral, o seu fácil reconhecimento.
Por sua beleza, porte e distinção, estes vegetais são reconhecidas como “príncipes” entre as plantas e foram assim inicialmente denominadas por Linnaeus.
Esta família está representada por 190 gêneros e cerca de 2.600 espécies, com os seus registros fósseis mais antigos datados do final do Cretáceo, podendo, porém, ter existido antes deste período (Jones, 1995). No Brasil estão representadas por 208 espécies nativas e 175 espécies exóticas (Lorenzi et al. 2004).
Dentre as espécies de palmeiras encontramos o coco-da-bahia (Cocos nucifera L.), sendo esta, sem dúvida, a de maior importância econômica em todo o mundo. É notável o número de produtos obtidos da industrialização do fruto, como copra, óleo, ácido láurico, leite de coco, farinha, água de coco, fibra e ração animal (Lins et al. 2004). Estas monocotiledôneas (Liliopsida) caracterizam-se principalmente pelo caule simples (podendo chegar a 20 m de altura); folhas com pinas regularmente distribuídas e inseridas no mesmo plano; inflorescências andróginas; frutos ovóides do tipo drupa, com epicarpo delgado, mesocarpo fibroso e seco e endocarpo muito rígido portando três orifícios germinativos, endosperma líquido que na maturidade endurece e possui a função de nutrir o embrião. Esta apresenta ampla distribuição no território nacional, principalmente na costa litorânea nordestina.


A origem do coco ainda é controversa, havendo basicamente quatro vertentes teóricas principais. Esta divergência dá-se principalmente, pelo fato da distribuição geográfica desta espécie ser muito ampla, já que a fácil flutuabilidade do fruto e a interferência do homem na sua dispersão, dificultam o real entendimento do seu ponto de origem.

Figura 2: Coco-da-Bahia (Cocos nucifera L.) bifurcado, ilha de Boipeba, Cairú, Bahia.  Foto: Luciano R. Alardo Souto.












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