O incêndio sexta à noite (foto: Lore Xavier)
Sob o comando do tenente-coronel PM Carlos Miguel de Almeida Filho,
comandante da Operação Bahia sem Fogo, está atuando em Piatã, desde
sábado (20/10) à noite, um grupamento do Corpo de Bombeiros, que veio se
juntar aos esforços da Prefeitura no combate ao grande incêndio que
consome a vegetação da Serra de Santana, APP – Área de Proteção
Permanente. Domingo à tarde, um helicóptero veio reforçar os
equipamentos em uso.
Dirigidos pessoalmente pelo secretário Municipal de Meio Ambiente,
Zilvan Macedo, os valentes brigadistas piatãenses, apoiados por colegas
do município vizinho de Ouro Verde, num total de 25 voluntários,
combateram as chamas desde o início, mas o fogo se alastrou com muita
rapidez e foi necessário reforço. Habituados, também, ao combate ao fogo
na serra, pequenos agricultores das comunidades da zona rural se
juntaram aos brigadistas e bombeiros, fazendo um combate eficaz noites
adentro.
O helicóptero da PM, prefixo PR-DPM, tem capacidade de despejar grande
quantidade de água sobre os incêndios, além de fazer um ágil
reconhecimento do terreno, onde atua, em seguida, a equipe no solo. O
serviço aéreo de combate ao fogo depende de condições favoráveis para a
segurança da operação, que não pode ser feita com o ar saturado de
fumaça. O capitão bombeiro PM Jean Vianey, da Operação Bahia sem Fogo,
disse que já fez um levantamento dos melhores pontos de abastecimento de
água para o helicóptero na redondeza.
A Operação Bahia sem Fogo vem atuando no Oeste da Bahia e na Chapada
Diamantina, atendendo às solicitações de diversos municípios que
enfrentam queimadas, devido à seca que tornou o terreno propício à
propagação do fogo. O vento e o clima seco contribuem para o surgimento
de diversos focos, em vários pontos da serra. Segundo o oficial,
“geralmente a causa dos incêndios na Chapada é a prática de queimadas
por pequenos agricultores; devido às condições favoráveis ao fogo –
ventos, vegetação seca e candombá (planta combustível) – as queimadas
são transformadas em incêndios florestais”.
Essa operação tem o suporte de nove secretarias estaduais que formaram
um comitê em 2007. O próprio comandante se desloca para a área. Segundo o
coronel, “Piatã, hoje, é o foco principal da Operação, na Serra de
Santana, comunidades do Piauí e da Ingazeira”. A prioridade de combate é
garantir a preservação da vida humana, as nascentes e unidades de
preservação.
- Este é um incêndio de grandes proporções que, devido ao vento, teve
propagação em curto espaço de tempo – comentou o comandante. – Por este
motivo, o Corpo de Bombeiros estará presente até vencer o último foco
existente. A situação está controlada, mas não 100 %, porque o vento
muda muito de direção. A serra é muito íngreme e de difícil acesso, com
pedras soltas, o que exige muita atenção dos bombeiros.
O tenente-coronel Miguel Almeida Filho enalteceu “o grande empenho da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente, dos brigadistas e do Centro
Espírita Caminho para a Luz que ofereceu alojamento”.




O comandante dos Bombeiros, tenente-coronel Miguel Almeida Filho.
Depois de consumir toda a vegetação próximo à Sede...
... o fogo cresceu ao Sul, próximo às comunidades do Piauí e Bocaina.
Secretário sobrevoa Chapada Diamantina e fala sobre incêndios que atingem a região
O
secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler sobrevoou os
municípios de Piatã, Abaíra e Mucugê nesta quarta-feira (24)
25.10.2012 | Atualizado em 25.10.2012 - 01:20
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Desde a última sexta-feira (19), diversos focos de
incêndio estão atingindo cidades e regiões da Chapada Diamantina,
preocupando moradores, ambientalistas e autoridades. Nesta quarta-feira
(24), o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler,
sobrevoou os municípios de Piatã, Abaíra e Mucugê e, em entrevista ao
iBahia, contou como está a situação na região.
"Os focos de
incêndio estão muito grandes e bastante preocupantes", relata Spengler.
O secretário afirma que ainda não foi possível fazer o cálculo da área
atingida pelo fogo, mas apontou os municípios de Piatã - e na Serra de
Santana, próxima ao município -, Abaíra, Morro do Chapéu, Andaraí,
Brotas de Macaúbas, Érico Cardoso, Lençóis, Wagner, Barra da Estiva,
Itaetê e Mucugê - nesta última cidade, o fogo está atingindo o Parque
Nacional da Chapada Diamantina.
De acordo com Spengler, as
cidades mais afetadas são Piatã, Abaíra, Mucugê e Érico Cardoso, com
focos próximos aos municípios, o que causa ainda mais preocupação. O
Parque Estadual das Sete Passagens, o qual a Secretaria do Meio
Ambiente (Sema) tem a obrigação de cuidar, também está sendo atingido
pelo fogo. Além da Chapada, o incêndio também atinge no oeste baiano, a
exemplo das cidades de Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia,
além da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Preto.
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Incêndios começaram na última sexta-feira (19)
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"Hoje
[quarta-feira], entre ações da chapada e oeste, tínhamos em ação 536
brigadistas voluntários, coordenados pelo Inema e pelos bombeiros,
além de 58 homens também no combate direto", conta Spengler. Segundo a
Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), seis aeronaves atuam nas
regiões afetadas e o trabalho de combate ao fogo também envolve dez
técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e
seis policiais militares da Companhia de Polícia Ambiental e do Cerrado
(Cippa). O Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios
Florestais (Prevfogo), o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e moradores de
cada uma das cidades também dão apoio à operação, informou a Secom.
É difícil apontar os motivos do incêndio neste
primeiro momento, de acordo com Spengler. Entretanto, as causas mais
comuns são o manejo inadequado de queimadas, a ação de caçadores, além
de situações na margem de estradas, como jogar toco de cigarro do carro.
"E também pode ter, sem dúvidas, ação criminosa, porque a pessoa gosta
de tocar fogo. Mas não se pode afirmar que a grande maioria dos
incêndios é criminosa. Há uma cultura no Brasil de fazer a preparação da
terra depois da seca com a queimada", diz o secretário estadual,
completando que é um erro de manejo e que tem que existir uma política
com ações preventivas.
"Os focos de incêndio estão muito grandes e bastante preocupantes"
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Dois
fatores preocupam bastante neste ano, segundo o secretário. A
vegetação está muito mais seca que nos anos anteriores, devido a uma
redução do período de chuvas. Além disso está muito quente e muito seco
e, como o último grande incêndio de grandes proporções aconteceu em
2008, há uma concentração maior de matéria orgânica, o que dificulta o
combate.
ReforçoUma força tarefa está trabalhando
para combater os focos de incêndio. De acordo com o secretário estadual
de Meio Ambiente, quatro aeronaves estão fazendo o combate aéreo,
sendo duas alugadas pelo Governo do Estado e outras duas do ICMBio.
Ele explica que os aviões trabalham cinco horas por dia, em dois
turnos, mas adianta jogar água se não houver o trabalho de bombeiros e
brigadistas ao solo. É possível que o período seja ampliado em dias com
menos sol ou mais nublados, diz Spengler.
Além destas
aeronaves, dois helicópteros estarão disponíveis nesta quinta-feira
(25) e ajudarão no combate. Também há o reforço de helicópteros da
Polícia Militar e do Grupamento Aéreo (Graer), que estão apoiando,
principalmente, com o transporte de mantimentos, bombeiros,
brigadistas, água, lanches e refeição.
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Aeronaves ajudam no combate aos focos de incêndio
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Impactos e prejuízosAinda
não há uma estimativa dos impactos ambientais e econômicos do
incêndio. "Agora, a prioridade absoluta é o combate", afirma Spengler.
Entretanto, segundo o secretário estadual, não há dúvidas de que há
prejuízos econômicos com a destruição de lavouras de café (milhares de
plantas de café foram destruídas) e de outros tipos. No oeste baiano, há
possibilidade do fogo ter atingido também galpões.
Os prejuízos
ambientais são grandes e os impactos são significativos como a queima
de vegetação que proteje nascentes, de topo de morros, afetando a
produção de água e a proteção dos mananciais hídricos, além da morte de
animais silvestres.
Prevenção O secretário
reconhece que as ações de prevenção não são suficientes e que é
necessário intensificá-las, mas que, gradativamente, há um
aperfeiçoamento. Ele afirma que atualmente há 70 brigadas voluntárias
de incêndio. Neste ano, foram treinados 306 brigadistas e foram
formadas 12 brigadas voluntárias. Em 2013, a proposta é organizar, pelo
menos, 20 a 30 brigadas, mas isso depende da demanda do município e do
número de pessoas que querem se voluntariar.
"Eles [os brigadistas voluntários] têm ajudado muito o Corpo de Bombeiros"
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As
brigadas voluntárias são formadas por trabalhadores, membros de ONGs e
produtores rurais. "Eles [os brigadistas voluntários] são muito
importantes, porque conhecem muito bem a região, os atalhos... Eles têm
ajudado muito o Corpo de Bombeiros", relata o secretário estadual. O
conhecimento da área é fundamental, pois o fogo se prolifera em áreas de
difícil acesso, como morros, vales e cânions, cujo acesso geralmente é
a pé e, em alguns casos, somente é feito de helicóptero.
De
acordo com Spengler, os brigadistas estão sendo equipados,
gradativamente, com acessórios de proteção individual para que possa ser
feito o trabalho de combate eficiente e que, ao mesmo tempo, não
ofereça risco ao voluntário.
Entrevista original do iBahia:
Secretário sobrevoa Chapada Diamantina e fala sobre incêndios que atingem a região
Chapada Diamantina-Ba fogo destruiu parte da vegetação.
A
seca vivida por alguns municípios baianos têm provocado focos de
incêndio na região do Parque Nacional na Chapada Diamantina. Só esta
semana, o fogo destruiu parte da vegetação do Morro do Pai Inácio,
atração turística de Palmeiras, a 428 km de Salvador.
Outros incêndios foram confirmados em locais distintos, um na
localidade conhecida como Capivara e outro na área da Serra do Veneno,
ambas situadas na área do Parque Nacional, nas proximidades do município
de Lençóis.
De acordo com Cezar Gonzalez, analista ambiental do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) situado na Chapada, a
seca vivida pelos municípios têm propiciado focos de incêndio nos
lugares. Ainda segundo Cezar, as queimadas na região ocorrem geralmente
entre os meses de agosto e dezembro, época de seca. Por conta disso,
eles estão contando apenas com 14 brigadistas e grupos organizados de
voluntários que tentam controlar as chamas atípicas na região.
Quanto ao fogo do Morro do Pai Inácio, ocorrido na última quinta-feira
(29), ele afirmou que ainda não há levantamento da área atingida nos
últimos dias. Dois helicópteros foram enviados pelo Governo do Estado e
estão sobrevoando a região da Chapada para verificar os focos de
incêndio nas regiões atingidas pelo fogo. O parque, de
responsabilidade do ICMBio tem 152 mil hectares e cerca de 120 km de uma
ponta a outra. Ele teve 4.153 hectares queimados de agosto de 2011 a 24
de março.
Um incêndio destruiu
uma área de 60 hectares, o equivalente a 60 campos de futebol, no
Parque das Sete Passagens, no município de Miguel Calmon, no
centro-norte baiano. De acordo com informações do A Tarde, a
administração da cidade afirmou que 35 brigadistas e voluntários
trabalharam no combate às chamas. O fogo atingiu áreas de nascentes, o
parque possui aproximadamente 50 destas, e causou a morte de animais.
Nesta sexta-feira (26) um avião deve sobrevoar a região para avaliar os
danos.
Combate a incêndios florestais ganha reforço na Bahia
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Perigo constante nesta época do ano
Crédito: Arquivo
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Para
intensificar as ações de combate a incêndios florestais, a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente (Sema), por meio do Programa Bahia sem Fogo,
contratou duas aeronaves e dois helicópteros, em um investimento de R$
1,5 milhão por um período de 120 horas. A partir desta quarta-feira
(24), em regime emergencial, haverá uma série de sobrevôos nas regiões
da Chapada Diamantina e oeste baiano para monitorar e combater os focos
de incêndios.
O
trabalho de combate ao fogo nas duas regiões envolve o esforço de 536
brigadistas voluntários, 58 homens do Corpo de Bombeiros, dez técnicos
do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e seis
policiais militares da Companhia de Policia Ambiental e do Cerrado
(Cippa), além do apoio do Prevfogo e ICMBio. O governo do Estado também
disponibilizou R$ 10 mil para compra de água e alimentos para as
brigadas, R$ 1 milhão para equipamento de proteção individual EPi(s) que
inclui bomba costal, óculos de proteção, fardamento anti chamas, botas
entre outros.
Capacitação
- Além de desenvolver ações efetivas de combate ao fogo, A Sema, por
meio da Operação Bahia sem Fogo também trabalha com ações de educação
ambiental e fiscalização, através de visitas às comunidades, orientações
aos produtores rurais. A Operação capacitou mais de 307 brigadistas
para o trabalho de combate aos incêndios florestais, em 13 municípios da
região Oeste, Chapada Diamantina e Semiárido e 12 brigadas. O curso com
carga horária de 40h, foi concluído no último mês de julho, e priorizou
líderes, moradores e sindicalistas das regiões onde são registrados os
maiores índices de incêndio.
Para
a técnica de fiscalização do Inema, Fabíola Cotrim, a contratação das
aeronaves vem a somar com o trabalho desenvolvido pelos técnicos de
fiscalização preventiva do Inema, Corpo de Bombeiros, brigadistas
voluntários e apoio do Instituto Chico Mendes (Icmbio). “Todo o trabalho
ganha força com a ajuda da comunidade, através das denúncias, das
organizações sociais e por meio da sensibilização ambiental”, pontuou.
Na
Chapada Diamantina, a equipe de fiscalização preventiva registrou
vários focos de incêndios nos municípios de Piatã, Serra da Santana,
Abaíra, Serra do Piaiu e na Área de Proteção Ambiental
Marimbus-Iraguara. Além disso, Lençóis, Mucugê, Palmeiras e Andaraí. Já
no oeste da Bahia, os focos de incêndios começaram a surgir em Formosa
do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Santa Maria da Vitória e São
Desidério.
Foto: Macaúbas On Off
A
vegetação serrana do município de Macaúbas, localizado Chapada
Diamantina, é atingida por um incêndio desde quinta-feira (25), segundo a
Secretaria de Meio Ambiente na cidade. Segundo o secretário José Hilton
Almeida Lima, um agricultor teria colocado fogo em um pequeno pedaço de
terra de sua propriedade e as chamas tomaram maiores proporções.
"Tentamos combater, mobilizamos voluntários, mas o tempo está quente e é
uma região de serra, com mata fechada, o que dificulta o acesso",
contou Almeida ao G1. Uma equipe do Corpo de Bombeiros do município de
Seabra foi acionada para auxiliar no combate ao incêndio, já que a
cidade não tem uma unidade da corporação. Ainda de acordo com o
secretário, até mesmo os funcionários da pasta trabalham para apagar o
fogo.
Incêndio continua devastando área em Malhada
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Terça, 30 de Outubro de 2012
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Segundo
populares, a situação está sem controle e cerca de 200 hectares já
foram destruídas. Como nessa época do ano o mato seca, o fogo se alastra
com grande facilidade.
Em Malhada, o fogo, que
começou na tarde de segunda-feira, 29 de outubro, se alastrou ameaçando
moradores da região de Pedrinhas, comunidade a cerca de 9 km da sede.
Como na região não existe corpo de bombeiros, a situação só tende a
piorar. Diversos animais como veado, capivara, cotia, jacaré e outros
estão morrendo.
Segundo populares, a situação está
sem controle e cerca de 200 hectares já foram destruídas. Como nessa
época do ano o mato seca, o fogo se alastra com grande facilidade.
O
fogo já destruiu toda área do entorno da lagoa da Cruz, uma área de
Área de Proteção Permanente (APP). Segundo informações colhidas pela
nossa reportagem, o fogo teria sido colocado numa área vizinha a lagoa
do Mocambo, mas o fogo acabou tomando grandes proporções e chegado a
toda área . (www.folhadovale.net)
Incêndio destrói vegetação no município de Macaúbas
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Segunda, 29 de Outubro de 2012
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Fogo começou na quinta-feira (25) e persiste nesta segunda (29). Cidade não tem Corpo de Bombeiros, mas auxílio foi pedido a Seabra
Um
incêndio destrói a vegetação serrana do município de Macaúbas, na
região da Chapada Diamantina, na Bahia, desde quinta-feira (25),
informou a Secretaria de Meio Ambiente da cidade. Segundo o secretário
José Hilton Almeida Lima, um agricultor teria colocado fogo em um
pequeno pedaço de terra em sua propriedade, quando as chamas se
alastraram para a encosta e tomaram maiores proporções.
"O
agricultor foi colocar fogo na roça dele, a temperatura está alta na
cidade e o vento arrastou. Tentamos combater, mobilizamos voluntários,
mas o tempo está quente e é uma região de serra, com mata fechada, o que
dificulta o acesso", aponta o secretário.
A
Secretaria do Meio Ambiente de Macaúbas não soube informar a extensão
do incêndio e aguarda para esta segunda-feira (29) a chegada de
reforços. "Não temos ainda um parâmetro, o fogo está se alastrando, os
animais domésticos não foram atingidos, mas a perda maior é ambiental,
da fauna e da flora que ainda não contabilizamos", afirma José Hilton.
Ainda
segundo a Secretaria de Meio Ambiente, Macaúbas não tem Corpo de
Bombeiros, mas uma equipe do município de Seabra foi acionada para
auxiliar no combate ao incêndio.
"Funcionários da
Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Obras trabalham para
apagar o fogo. Também fomos na rádio e convocamos a sociedade civil",
afirma José Hilton.
Morador da cidade há 30 anos, o empresário Alécio Brandão diz que está preocupado com a situação na região.
"Tenho
um blog onde divulguei a ação da Secretaria para mobilizar voluntários,
mas acho que falta uma sensibilização maior. Já são cinco dias de mata
queimando, é uma sensação de abandono muito grande. Há animais de
pequeno porte morrendo", observa Alécio. (G1 BA / Fotos: Alécio Brandão/ Blog Macaúbas On Off)
Sebastião Laranjeiras: Queimadas acabam com vegetação
Os lotes de produtores da região da Gabriela (Setor que compõe o
Projeto Estreito) também foi tomado pelo fogo causando muito prejuízo
aos donos.
Publicado em 31 de outubro de 2012 - 09:35
Sebastião
No começo do mês de Setembro de 2012, tivemos vários focos de
incêndio no Parque da Serra dos Montes Altos onde foi necessário a ajuda
do corpo de bombeiros de Vitória da Conquista para dominar as chamas. O
clima seco vivenciado nos últimos dias pelos moradores de Sebastião
Laranjeiras e em toda região é acentuado pelas enormes queimadas que
tomam a vegetação seca devastando com o pouco que resta da vida
silvestre na região.
Nas imagens ao lado pode-se notar a devastação causada nas margens da
antiga rodovia BA-263 que liga nosso município ao de Palmas de Monte
Alto, antes da entrada do Distrito de Mandiroba:
Esses incêndios começam geralmente quando os agricultores preparam
suas terras para o plantio e para dar fim ao excesso de mato, ateiam-lhe
fogo e devido o clima e vegetação seca, o fogo se alastra e perde o
controle.
Os lotes de produtores da região da Gabriela (Setor que compõe o
Projeto Estreito) também foi tomado pelo fogo causando muito prejuízo
aos donos.
Por: Folha Sebastianense
Incêndio atinge parte da Serra Geral, na divisa da Bahia com Minas Gerais
Focos foram iniciados na sexta-feira (26); Bombeiros auxiliam no combate. 'Há suspeitas de ato de vandalismo', diz o prefeito da cidade.
Incêndio atinge o município de Cordeiros, na divisa com Minas Gerais (Foto: Vanderlei Santos/Cordeiros em Foco)
Um incêndio atinge uma parte da Serra Geral, na região do município
baiano de Cordeiros, distante a 662 km da capital já na divisa com Minas
Gerais. Segundo as informações da prefeitura do município, as chamas,
que atingem uma área com cerca de 15 quilômetros, começaram na
sexta-feira (26) e, segundo o prefeito, há suspeitas de vandalismo.
Município de Cordeiros tem pantações de eucaliptos, que também foram queimados (Foto: Vanderlei Santos/Cordeiros em Foco)
"As investigações suspeitam de que alguém tenha passado na rodovia e
começado o problema", diz Edvar Ribeiro, prefeito de Cordeiros. De
acordo com o Coronel Marocci, do 7º Grupamento de Bombeiros, de Vitória
da Conquista, que atende a região, duas equipes do órgão, com 15 homens
no total, trabalham na operação de contenção das chamas. "A atenção é
para evitarmos que isso se alastre. Por enquanto está em uma área que
não representa risco às pessoas", pontua.
Aves estão se deslocando das áreas queimadas na Serra Geral (Foto: Vanderlei Santos/Cordeiros em Foco)
Segundo o prefeito Edvar, a ajuda de outros órgãos também foi
solicitada. "Nos reunimos com a Coordenação Estadual de Defesa Civil
(Cordec) e com o Ministério de Integração Nacional para providenciarmos o
auxílio de novos homens e de uma aeronave de combate a incêndio", diz.
De acordo com a prefeitura, o município de Cordeiros enfrenta uma seca que já dura oito meses.
Focos de incêndio atingem mais de 60 municípios no interior da Bahia
Secretário de Meio Ambiente esteve em Lençóis nesta sexta-feira (2). Chuva diminuiu focos, mas situação ainda é crítica por causa do tempo seco.
Focos de incêndio atingem vegetação na Chapada Diamantina, na Bahia (Foto: Elói Corrêa/Secom)
Já passa de 60 o número de municípios atingidos por focos de incêndio
na Bahia, segundo estimativa do Governo do Estado. Uma das áreas mais
afetadas pelo fogo é a Chapada Diamantina. Municípios do oeste do
estado, como Barreiras, também estão prejudicados.
Os focos são mais intensos nos municípios de Andarái, Mucugê, Ibicoara e
Itaetê, todos do Parque Nacional da Chapada. Na região de Piatã, em
Serra de Santana, o fogo se aproxima das casas.
Brigadistas tentam acabar com focos de incêndio
(Foto: Elói Corrêa/Secom)
A baixa umidade do ar, clima seco e queimadas ilegais aumentam os
focos, principalmente, entre os meses de agosto a dezembro, avalia o
governo estadual. A falta de chuva tem provocado os focos inclusive no
Parque Nacional da Chapada, e em Unidades de Conservação do Estado.
Sobrevoo
O secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Splenger, esteve nesta
sexta-feira (2), em Lençóis, na Chapada Diamantina, para fazer uma
avaliação dos estragos. Segundo o secretário, a chuva que começou a cair
na Chapada na quinta-feira (1º) ajudou a diminuir o fogo. Mas a
situação ainda é considerada crítica porque os focos surgiram há mais de
dois meses e a situação se intensificou há cerca de 10 dias.
O trabalho de combate ao fogo em toda a Bahia, segundo o Governo do
Estado, envolve 550 brigadistas voluntários, 58 homens do Corpo de
Bombeiros, dez técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Inema) e seis policiais militares da Companhia Independente de
Polícia de Proteção Ambiental (Cippa), além do apoio do Centro Nacional
de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) e do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Na visita feita a Lençóis nesta sexta-feira, o secretário esteve
acompanhado de representantes do Comando da Polícia Militar, Corpo de
Bombeiros e Coordenação de Defesa Civil do Estado. Spengler se reuniu
durante a manhã com representantes de entidades e brigadas de incêndio
locais. À tarde, a comitiva sobrevoou áreas da região para avaliar a
situação e detectar os focos de incêndio. Ainda não há informações
oficiais sobre o impacto dos incêndios na natureza.
Clima seco e estiagem provoca aparecimento dos focos de incêndio (Foto: Elói Corrêa/Secom)
Serra Geral
Um incêndio atinge uma parte da Serra Geral, na região do município
baiano de Cordeiros, distante a 662 km da capital já na divisa com Minas
Gerais. Segundo as informações da prefeitura do município, as chamas,
que atingem uma área com cerca de 15 quilômetros, começaram na
sexta-feira (26) e, segundo o prefeito, há suspeitas de vandalismo.
Município de Cordeiros tem pantações de eucaliptos, que também foram queimados (Foto: Vanderlei Santos/Cordeiros em Foco)
"As investigações suspeitam de que alguém tenha passado na rodovia e
começado o problema", diz Edvar Ribeiro, prefeito de Cordeiros. De
acordo com o Coronel Marocci, do 7º Grupamento de Bombeiros, de Vitória
da Conquista, que atende a região, duas equipes do órgão, com 15 homens
no total, trabalham na operação de contenção das chamas. "A atenção é
para evitarmos que isso se alastre. Por enquanto está em uma área que
não representa risco às pessoas", pontua.
Aves estão se deslocando das áreas queimadas na Serra Geral (Foto: Vanderlei Santos/Cordeiros em Foco)
Segundo o prefeito Edvar, a ajuda de outros órgãos também foi
solicitada. "Nos reunimos com a Coordenação Estadual de Defesa Civil
(Cordec) e com o Ministério de Integração Nacional para providenciarmos o
auxílio de novos homens e de uma aeronave de combate a incêndio", diz.
De acordo com a prefeitura, o município de Cordeiros enfrenta uma seca que já dura oito meses.
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