24 de setembro de 2011

UNEB obtém 2° registro de patente; balsa barateia criação de peixe


Wânia Dias
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação
A UNEB deu entrada, ao final de agosto, a mais um processo de registro de patente.
O protótipo da balsa de flutuação de tanque-rede para cultivo de peixes formado por células de flutuação individual (foto home), projeto desenvolvido pela Seta Aquicultura em parceria com a Agência UNEB de Inovação, já obteve do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) o registro provisório.
O projeto, que tem como objetivo desenvolver um sistema de cultivo ambientalmente sustentável e de baixo custo para a produção do peixe bijupirá, é composto por três etapas que englobam a criação da balsa, a fase de testes e por último a confecção de um software de gestão para o equipamento.
“Nesta fase inicial desenvolvemos a engenharia e o design para a construção dos protótipos de tanques-rede e estruturas de apoio da balsa”, explicou Flávio Lima, coordenador de propriedade intelectual da agência, vinculada à Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PPG) da UNEB.
A equipe, segundo o coordenador, está aguardando a aprovação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), autarquia da Secretaria estadual do Meio Ambiente (Sema), para realizar o cultivo-teste para validação e ajustes do equipamento desenvolvido, e definição do protocolo de cultivo.
A Seta Aquicultura, empresa incubada à Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Incuba) da UNEB, é a idealizadora do projeto, que conta com aporte financeiro de R$ 400 mil, oriundo de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).
O registro definitivo da patente, de acordo com as normas do Inpi, pode levar de cinco a sete anos para ser concedido.

Custo 10 vezes menor

A nova balsa de flutuação, que levou um ano para ficar pronta para a fase de testes, terá um custo 10 vezes menor do que os equipamentos tradicionais.
Segundo Fabrício Freitas, engenheiro de pesca e pesquisador da Seta, o novo modelo de balsa de flutuação é feito com aço revestido com material anticorrosivo, uma tecnologia eficiente e mais barata que a utilizada nas balsas tradicionais, produzidas com polietileno de alta densidade.
“As balsas convencionais custam em média R$ 150 mil. O equipamento que criamos chegará ao consumidor final por aproximadamente R$ 15 mil”, apontou Fabrício.
Esse é o segundo registro de patente obtido pela universidade junto ao Inpi. O primeiro, realizado em 2009, refere-se ao projeto Placa de Síntese à Base de Titânio, de autoria do diretor do Departamento de Ciências da Vida (DCV) do Campus I (Salvdor), da universidade, Atson Fernandes. O equipamento é destinado ao tratamento de fratura de mandíbula.
Informações: Agência UNEB de Inovação – tel. (71) 3117-2415.
Foto (home): Divulgação

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