Resultado de dez anos de pesquisa, a armadilha utiliza a energia solar fotovoltaica para acionar uma lâmpada de LED que emite raios infravermelhos e ultravioletas que atrairão os insetos fotossensíveis. Um de seus diferenciais é que a bateria solar pode durar até 11 anos e não há a necessidade de manutenção diária como no caso da tradicional. “As armadilhas luminosas para captura de insetos existentes no mercado utilizam a energia hidroelétrica para acionar uma lâmpada, o que limita o seu uso, uma vez que precisa de fios condutores”, explica o professor Vidal.
Segundo o pesquisador, o equipamento também foi projetado com o objetivo de reduzir a aplicação de inseticidas na agricultura e eliminar o uso de derivados do petróleo no controle dos insetos. “Nossa intenção é subsidiar uma agricultura sem agrotóxicos. Além de ser um eficiente método de controle ecológico, a armadilha solar autônoma pode ser usada ainda para o estudo paralelo de flutuações e de levantamento de populações, uma vez que permite a captura diária dos insetos vivos”, diz Vidal.
O equipamento foi concebido com uma estrutura de sustentação, uma estrutura de iluminação e uma estrutura de captura de insetos. Outra novidade do produto é a presença de câmeras que fotografam a chegada dos insetos até a armadilha e mandam diretamente para o computador ou celular do agricultor para um monitoramento constante da lavoura. De acordo com Vidal, uma armadilha para cada 100 ha é o suficiente para um controle eficiente e o custo por hectare é de R$ 0,007.
“Iremos propor redes de monitoramento de insetos no semiárido. Será a oportunidade de compartilhar as pesquisas da universidade para o fortalecimento da agricultura familiar”, aposta Vidal.
FONTE: ASCOM - UFRB
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