Parceria busca a melhoria da saúde humana e de todas as espécies, além de apresentar boas práticas
LUCIENE DE ASSIS (*)
A
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) lançou, no dia 21/03, o novo Centro de Informação em Saúde Silvestre (CISS). Trata-se de
um espaço virtual de construção contínua a serviço da consolidação do
conhecimento, ações e políticas que, em conjunto, podem fortalecer a
conservação da biodiversidade brasileira, a melhoria da saúde humana e
de todas as espécies, além de apresentar boas práticas para o
desenvolvimento sustentável. O CISS foi criado a partir da integração do
Projeto de Nacional de Ações Público-Privadas para a Biodiversidade
(Probio 2), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) com a
Fiocruz.
O projeto é financiado pelo Global Environmental
Facility (GEF) e pelo Banco Mundial, em parceria com o Fundo Brasileiro
para a Biodiversidade (Funbio) e a Caixa Econômica Federal (CEF). Conta,
ainda, com a parceria executiva dos Ministérios da Agricultura e
Abastecimento, da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Saúde, da Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Instituto Chico Mendes
de Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Jardim Botânico do Rio de
Janeiro.
O centro tem como objetivos coordenar o Sistema de
Informação em Saúde Silvestre, contribuindo com informação antecipada da
ocorrência da circulação de doenças em animais silvestres antes que
acometam humanos; construir, com a contribuição de especialistas e da
sociedade, a consolidação, a divulgação e a disponibilização do
conhecimento existente em diversas áreas, que relacionam a saúde
silvestre à humana.
Visa, também, promover a participação e a
integração de especialistas, setores governamentais e privados e da
sociedade na coleta de informações, análise de resultados e aplicação de
boas práticas em biodiversidade e saúde, por meio da Rede de
Laboratórios em Saúde Silvestre e da Rede Participativa em Saúde
Silvestre; fortalecer o estímulo e o apoio à pesquisa e inovação
tecnológica, especialmente as que tratam das relações ecológicas
complexas entre hospedeiros, parasitas e ecossistemas, mudanças
ambientais e climáticas, do desenvolvimento de modelos de alerta e
previsão de oportunidades ecológicas para emergência de doenças e das
áreas com lacunas de conhecimento.
O projeto pretende, inclusive,
estimular e apoiar o fortalecimento da capacidade instalada no Brasil
para o diagnóstico em saúde silvestre; e ampliar o entendimento de
tomadores de decisão e da sociedade sobre a importância e os riscos da
perda da biodiversidade sobre a saúde. Espera-se, dessa forma, que o
CISS contribua com o sistema nacional de vigilância em saúde e com os
planos de ação de espécies, unidades e áreas prioritárias de
conservação, de modo a avançar na implantação de novas práticas para o
desenvolvimento sustentável que garantam a saúde humana, da fauna e da
flora brasileira.
(*) Com Agência Fiocruz de Notícias
FONTE: MMA.GOV.BR
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