"Engenheiro do Ecossistema", tatu-canastra beneficia diversas espécies de animais com suas tocas no Pantanal (MS)
Um estudo realizado pela equipe do projeto "Tatu-Canastra", no Pantanal, revelou um papel até agora pouco notado, mas de grande valor desta espécie para a biodiversidade, o de “Engenheiro do Ecossistema”.A análise do monitoramento (entre 2010 e 2012) identificouque o comportamento dos tatus-canastra de cavar tocas regularmente e de maneira profunda tem criado novos habitats e trazido novos recursos de sobrevivência para pelo menos outras 24 espécies de vertebrados no Pantanal. Utilizando armadilhas fotográficas (camerastrap), os pesquisadores Arnaud Desbiez e Danilo Kluyberflagraram animais beneficiando-se da cavação do tatu, seja na própria toca ou fora dela, como refúgio térmico, abrigo contra predadores, área de alimentação ou de descanso. O fato agrega ainda mais importância para esta espécie tão pouco conhecida pela ciência e já ameaçada de extinção.
“O tatu-canastra é uma espécie fossorial. Isso significa que ele passa a maior parte de seu tempo sob a terra em tocas de sua própria construção. As tocas podem ser de até 5 metros de profundidade e até 35 cm de largura e a escavação gera uma grande quantidade de areia à sua frente”, explica Desbiez, coordenador do projeto.
As 15 câmeras instaladas ao longo de uma área de 250 quilômetros quadrados na área central do Pantanal??? (Nhecolândia/MS) registraram em mais de 2 mil cliques, por exemplo, queixadas e porcos selvagens descansarem e resfriarem-se no monte de areia estava fresco e ainda úmidorecém-cavado por tatus. O tamanduá-bandeira também foi fotografada tomando um banho de areia no monte. A anta e até mesmo onças-pardas foram fotografados usando o monte de areia como um ponto de descanso. Muitas espécies utilizaram os montes de areia para procurarem presas (lagarto, teiú , pequenos roedores , quatis) ou ainda na entrada da toca (seriema , pequeno roedores, guaxinim , jaguatirica, irara).
As tocas, o grande monte de areia e a abertura de galerias profundas afetama geomorfologia, as características do solo, hidrologia, comunidades vegetais e a diversidade de animais em micro escalas para a paisagem. A variedade de teias alimentares geradas pelas tocas e buracos eo fornecimento de abrigo ilustrama importância de animais escavadores como o tatu para o ecossistema.
“Embora raramente visto, tatus-canastra desempenham um papel fundamental na comunidade ecológica ea espécie merece ser melhor compreendida e protegida. Esta função da espécie pode ser de grande valor para a comunidade de vertebrados nas regiões do Pantanal e também de outras áreas”, diz o coordenador.
Os tatus-canastra são encontrados em quase toda a América do Sul e em uma diversidade de biomas. O seu papel como engenheiro de habitat foi documentado na Amazônia (Leite Pitman et al . 2004) , onde múltiplas espécies foram registradas utilizando-se dessa ação dos tatus . No Brasil, o biólogo Edson Lima já havia identificado que os cães mato preferencialmente utilizam essa engenharia como abrigo.
"A mudança climática deverá aumentar as máximasde temperaturas. Em nossas pesquisas, registramos que dentro da toca permanecem constantes a temperatura se mantém constante (24 grausCelcius) . O tatu, portanto, pode oferecer um refúgio importante em condições extremas e seu papel pode se tornar mais importante como os impactos das mudanças climáticas aumenta ", complementa Desbiez.
O trabalho dos pesquisadores foi publicado na Biotrópica (The Journalof Tropical BiologyandConservations )
Um estudo realizado pela equipe do projeto "Tatu-Canastra", no Pantanal, revelou um papel até agora pouco notado, mas de grande valor desta espécie para a biodiversidade, o de “Engenheiro do Ecossistema”.
A análise do monitoramento (entre 2010 e 2012) identificou que o comportamento dos tatus-canastra de cavar tocas regularmente e de maneira profunda tem criado novos habitats e trazido novos recursos de sobrevivência para pelo menos outras 24 espécies de vertebrados no Pantanal.
Utilizando armadilhas fotográficas (cameras-trap), os pesquisadores Arnaud Desbiez e Danilo Kluyber flagraram animais beneficiando-se da cavação do tatu, seja da própria toca ou até mesmo fora dela, como refúgio térmico, abrigo contra predadores, área de alimentação ou de descanso. O fato agrega ainda mais importância para esta espécie tão pouco conhecida pela ciência e já ameaçada de extinção.
“O tatu-canastra é uma espécie fossorial. Isso significa que ele passa a maior parte de seu tempo sob a terra em tocas de sua própria construção. As tocas podem ser de até 5 metros de profundidade e até 35 cm de largura e a escavação gera uma grande quantidade de areia à sua frente”, explica Desbiez, coordenador do projeto.
As 15 câmeras instaladas ao longo de uma área de 250 quilômetros quadrados na área central do Pantanal (Nhecolândia/MS) registraram, por exemplo, queixadas eporcos selvagens descansando e resfriando-se no monte de areia fresco e úmido recém-cavado por tatus. A anta e até mesmo onças-pardas foram fotografados usando o monte de areia como um ponto de descanso. Muitas espécies utilizaram os montes de areia para procurarem presas (lagarto, teiú , pequenos roedores , quatis) ou ainda na entrada da toca (seriema , pequeno roedores, guaxinim , jaguatirica, irara).
As tocas, o grande monte de areia e a abertura de galerias profundas afetam a geomorfologia, as características do solo, a hidrologia, as comunidades vegetais e a diversidade de animais em micro escalas para a paisagem. A variedade de teias alimentares geradas pelas tocas e buracos eo fornecimento de abrigo ilustram a importância de animais escavadores como o tatu para o ecossistema.
“Embora raramente visto, tatus-canastra desempenham um papel fundamental na comunidade ecológica e a espécie merece ser melhor compreendida e protegida. Esta função da espécie pode ser de grande valor para a comunidade de vertebrados nas regiões do Pantanal e
também de outras áreas”, diz o coordenador.
Os tatus-canastra são encontrados em quase toda a América do Sul e em uma diversidade de biomas. O seu papel como engenheiro de habitat foi documentado na Amazônia (Leite Pitman et al . 2004) , onde múltiplas espécies foram registradas utilizando-se dessa ação dos tatus. No Brasil, o biólogo Edson Lima já havia identificado que os cães mato preferencialmente utilizam essa engenharia como abrigo.
"A mudança climática deverá aumentar as máximas de temperaturas. Em nossas pesquisas, registramos que dentro da toca a temperatura se mantém constante (24 graus Celcius) . A toca do tatu,
portanto, pode oferecer um refúgio importante em condições extremas", complementa Desbiez.
O trabalho dos pesquisadores foi publicado na revista científica Biotrópica (The Journalof Tropical Biology and Conservations).
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