Salvador
(07/05/2013) - Cerca de 1.300 aves serão soltas nesta quarta-feira
(08) pela equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do
Ibama na Bahia, em uma área localizada no bioma Caatinga, distante cerca
de 300 quilômetros de Salvador. Entre elas, espécies como sofrê,
pássaro-preto, papa-capim, brejal, asa-branca, tico-tico,
pintassilgo-do-nordeste (ameaçado de extinção), entre outras. Foram
incluídos ainda neste lote 100 jabutis, que também ganharão liberdade
na região.
Os animais, que foram levados na segunda-feira (06) pela manhã para o
local da soltura, serão libertados em duas áreas de caatinga preservada
no interior da Bahia. Assim que chegaram ao local, as aves foram
colocadas em um viveiro grande, que é importante para descanso e
aclimatação. Na quarta pela manhã, será realizada a soltura. Durante
todo o trabalho, elas serão monitoradas pelos analistas e técnicos do
Cetas.
Além disso, serão realizados trabalhos de educação ambiental nas
comunidades do entorno das áreas de soltura. Segundo o analista
ambiental Josiano Torezani, esse trabalho é fundamental para o sucesso
e a reinserção desses animais na natureza, pois, com a comunidade
conscientizada, teremos mais cidadãos responsáveis, admiradores e
protetores da natureza.
Josiano informou que as aves são provenientes de ações de
fiscalização de vários órgãos, como Ibama, Polícia Rodoviária Federal,
Ministério Público Estadual, Companhia de Polícia de Proteção Ambiental
da Polícia Militar (COPPA) e outros.
Assim que chegaram ao Cetas, as
aves foram identificadas, receberam tratamento médico-veterinário e
foram soltas em um recinto para que pudessem diminuir a carga de
estresse e melhorar o condicionamento físico, disse ele.
Muitas delas chegaram em péssimo estado de saúde devido às condições a
que foram submetidas, tanto no transporte por parte dos traficantes de
animais silvestres quanto pelo cidadão que mantinha a posse ilegal de
algumas aves engaioladas. Por esse motivo, das mais de 1.300 aves que
chegaram ao Cetas, em torno de 50 foram a óbito, acrescenta.
Se elas tivessem continuado na rede do tráfico, até o consumidor
final, 90% (mais de 1.000) morreriam uma vez que os traficantes não se
preocupam com o bem-estar do animal mas apenas com o lucro a qualquer
preço. É importante frisar que o tráfico só existe porque há quem
compre, completa o analista.
Carlos Garcia Ibama/BA
Foto: Ricardo Maia Ascom/Ibama
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