Colorido e nutritivo
Cruzamento genético de duas espécies de abacaxi dá origem a
nova fruta de casca avermelhada rica em vitaminas e substâncias que
combatem o envelhecimento celular.
Publicado em 12/12/2013
|
Atualizado em 12/12/2013
O abacaxi híbrido de coloração avermelhada tem casca mais
fina e maior quantidade de nutrientes em comparação ao abacaxi
tradicional. (foto: Pedro Nahoun/ Botânica Pop)
A imensa lista de frutas existentes no planeta ganhou mais um item, o
puã. A iguaria de nome estranho é resultado do cruzamento genético do
abacaxi comum (Ananas comosus) com o abacaxi-vermelho (Ananas bracteatus).
Além de saborosa, a novidade gastronômica é rica em flavonoides, grupo
de substâncias antioxidantes que combatem o envelhecimento celular e
auxiliam na absorção de vitamina C.
A nova fruta juntou o melhor dos dois abacaxis. Assim como o abacaxi-vermelho, sua polpa é formada por gomos, o que facilita o seu consumo. Já a sua casca é mais fina que a do abacaxi tradicional e mais rica em nutrientes. É nela que se concentram os flavonoides. “Enquanto as pessoas jogam fora a casca do abacaxi, nossa ideia é que a casca seja a principal parte consumida do puã”, diz Nahoun.
O botânico garante ainda que o fruto se tornou mais resistente e dispensa o uso de pesticidas nas plantações. “Sabe-se que o antioxidante é muito comum nesses frutos como barreira de proteção natural”, afirma. “Com a hibridização, o novo produto adquiriu essas características, tornando-se mais resistente às pragas que atacam culturas de abacaxis.”
O grupo, que já produziu mais de 10 mil espécies híbridas, estabeleceu parcerias para a clonagem em escala industrial do puã e prevê a sua chegada ao mercado da alta gastronomia em 2014 e ao varejo em 2015.
Camille Dornelles
Ciência Hoje On-line
“Enquanto as pessoas jogam fora a casca do abacaxi, nossa ideia é que a casca seja a principal parte consumida do puã”
A criação é de um grupo de pesquisadores da empresa Botânica Pop, que
trabalha com cruzamento genético de plantas da família Bromeliaceae
desde 1987. O botânico responsável pelo projeto, Pedro Nahoun, conta que
a equipe já trabalhava com abacaxis-vermelhos, que não são comestíveis,
desde 1991, mas apenas após cinco anos começaram os experimentos com
foco na alimentação. “Decidimos incorporar genes do abacaxi selvagem ao
abacaxi comestível e continuamos os cruzamentos entre os híbridos para
obter vários resultados”, explica.A nova fruta juntou o melhor dos dois abacaxis. Assim como o abacaxi-vermelho, sua polpa é formada por gomos, o que facilita o seu consumo. Já a sua casca é mais fina que a do abacaxi tradicional e mais rica em nutrientes. É nela que se concentram os flavonoides. “Enquanto as pessoas jogam fora a casca do abacaxi, nossa ideia é que a casca seja a principal parte consumida do puã”, diz Nahoun.
O botânico garante ainda que o fruto se tornou mais resistente e dispensa o uso de pesticidas nas plantações. “Sabe-se que o antioxidante é muito comum nesses frutos como barreira de proteção natural”, afirma. “Com a hibridização, o novo produto adquiriu essas características, tornando-se mais resistente às pragas que atacam culturas de abacaxis.”
O grupo, que já produziu mais de 10 mil espécies híbridas, estabeleceu parcerias para a clonagem em escala industrial do puã e prevê a sua chegada ao mercado da alta gastronomia em 2014 e ao varejo em 2015.
Camille Dornelles
Ciência Hoje On-line
Clique aqui para ler o texto que a CHC preparou sobre esse assunto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário