O PRIMEIRO POVO INDÍGENA
QUE OS PORTUGUESES AQUI ENCONTRARAM.
O
Café Científico Salvador, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia
e História das Ciências (UFBA/UEFS), pela LDM - Livraria Multicampi, pela
Tribuna da Bahia e pela Biblioteca Pública do Estado da Bahia, continua neste
mês de Dezembro de 2013 com o evento a seguir:
13 de
Dezembro de 2013 – 18:00
Os
Tupinambás: como viviam e como vivem hoje?
Maria
Rosário Gonçalves de Carvalho (FFCH-UFBA)
Para
mais informações, ver resumo abaixo.
Local:
Auditório da Biblioteca dos Barris, Rua General Labatut, 27, Barris,
Salvador-BA.
O
Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir
desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele
oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem
face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável.
O evento é inteiramente gratuito
e não necessita de inscrição.
Para mais informações, ligue 71
3283-6568.
Maiores
informações sobre o café científico de Salvador podem ser encontradas em
http://cafecientificossa.blogspot.com
Informações
gerais sobre a iniciativa dos Cafés Científicos podem ser conseguidas no
seguinte sítio: http://www.cafescientifique.org.
OS TUPINAMBÁS: COMO VIVIAM E COMO
VIVEM HOJE?
Maria Rosário Gonçalves de
Carvalho (FFCH-UFBA)
O primeiro registro produzido sobre os Tupinambás ressaltou a sua feição –
“pardos, maneira d´avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos”
(Pero Vaz de Caminha. Carta a el-rei d. Manuel sobre o achamento do Brasil.
Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1974) e a nudez dos corpos. O relato
do escrivão, preciso e circunstanciado, demonstra, contudo, que a nudez era
quebrada pelos adornos labiais, denominados batoques ou tembetás.
De fato, as penas, para os
Tupinambás, não apenas ornavam os corpos, mas constituíam signos denunciadores
das posições sociais dos seus portadores e fonte de riqueza pessoal: “seus
tesouros são penas. Quem as tem muitas, é rico e quem tem cristais para os
lábios e faces, é dos mais ricos” (Hans Staden. Duas Viagens ao Brasil. Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da USP, 1974)
Florestan Fernandes, apoiado em grande número de fontes primárias, observa que,
por ocasião do começo da colonização portuguesa na Bahia, os Tupinambás
dominavam extensas áreas territoriais. Toda a zona costeira, do São Francisco
até junto dos Ilhéus, estava sujeita ao domínio dos grupos locais Tupinambás.
As relações entre eles não eram
“uniformemente amistosas”. Os moradores da região compreendida entre os rios
Real e São Francisco eram inimigos dos que moravam “daí para baixo”. Na
“Bahia”, os que moravam do lado da cidade eram inimigos dos que povoavam a zona
contígua, delimitada pelo rio Paraguaçu, Sergipe, Ilha de Itaparica, rio
Jaguaripe, Ilha Tinharé, e as costas dos Ilhéus De todo modo, Gabriel Soares de
Souza assinala que as dissensões ocorreram antes da chegada dos colonizadores,
que delas se beneficiariam.
A sessão de 13 de dezembro de 2013 do Café Cientifico versará sobre os
Tupinambás coloniais – conferindo atenção às suas relações domésticas; ao ideal
masculino guerreiro; à posição social das mulheres; ao fundamento
gerontocrático do sistema sociocultural; aos movimentos migratórios; e
aos rituais, entre outros aspectos -- e contemporâneos que, nos anos
1990, retomaram o seu etnônimo e passaram a reivindicar os direitos a que fazem
jus.
Att
Comissão
Organizadora do Café Científico:
Charbel Niño El-Hani (Instituto de Biologia, UFBA. Programa de Pós-Graduação em
Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS. Programa de Pós-Graduação
em Ecologia e Biomonitoramento, UFBA).
Primo Maldonado (LDM).
Luana Maldonado (LDM)
Paola Perez (LDM)
Liziane Martins (Faculdades Jorge
Amado)
Nei de Freitas Nunes Neto
(Instituto de Biologia, UFBA).
Sidarta Rodrigues (Faculdade de
Filosofia e Ciências Humanas, UFBA)
Valter Alves Pereira (Colégio da
Polícia Militar. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das
Ciências, UFBA/UEFS)
Anna Cassia Sarmento (Colégio da
Polícia Militar)
Maria Aparecida Santana
(Instituto de Biologia, UFBA).
Frederik Moreira dos Santos
(Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências,
UFBA/UEFS)
Ricardo Santos do Carmo (Programa
de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS)
Patricia Zucoloto (Faculdade Ruy
Barbosa).
Luciana Fiuza (Instituto de
Biologia, UFBA).
Jailson Alves dos Santos
(Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências,
UFBA/UEFS, professor assistente do Dexa, UEFS)
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