Esperança para a ararinha-azul
Rodrigo Rueda rodrigo.abreu@icmbio.gov.br
Brasília (18/05/2012) - Quem assistiu a animação Rio ficou
encantado com as aventuras das ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) Blu e
Jade. Mas o que a maioria das pessoas não sabem é que a ararinha-azul é
um dos animais mais ameaçados do mundo. O tráfico ilegal e a destruição
da área de ocorrência fez com que a espécie não seja mais encontrada na
natureza desde o ano 2000. Atualmente, restam apenas 79 indivíduos que
integram um programa de reprodução em cativeiro em cinco centros de
reprodução no Brasil e no exterior. A recuperação da ararinha-azul
depende inteiramente do estabelecimento bem-sucedido de aves criadas em
cativeiro e reintroduzidas em sítios adequados dentro da área de
ocorrência histórica da espécie, localizada na Caatinga, no município de
Curaçá, na Bahia.
Para tentar reverter esse quadro, o Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio) sediou em Brasília, de 09 a 10 de
maio um encontro de parceiros, mantenedores, representados pela Al
Wabra, Fundação Loro Parque, ACTP, NEST e a Fundação Lymington e do
grupo assessor do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da
Ararinha-azul. A reunião apontou as metas e indicadores para o alcance
dos objetivos apresentados no PAN Ararinha-azul e consolidou as
propostas de protocolos que integrarão o Programa de Cativeiro da
Ararinha-azul.
Na quinta-feira (10) foi realizado um almoço para lançar
oficialmente o Projeto Ararinha na Natureza. O evento contou com
presença do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman
Benjamin, do secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do
Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, do Diretor de Pesquisa,
Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do ICMBio, Marcelo
Marcelino de Oliveira, do prefeito de Curaçá (BA), Salvador Lopes
Gonçalves e da Diretora do Departamento de Meio Ambiente da Vale, Gleuza
Jesué. Durante o evento, os convidados assistiram um vídeo sobre o
projeto “Ararinha na Natureza” e uma apresentação da música “Brincadeira
de Araras”, composta especialmente para as ararinhas-azuis e
interpretada pelos músicos de Curaçá, Fernandinho Ferreira e banda.
Para o coordenador de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo
Vercillo, o diferencial desse processo é a parceria entre iniciativa
privada e o governo brasileiro, para viabilizar muitas das ações
previstas no PAN Ararinha-Azul, através do Projeto Ararinha na Natureza.
“O projeto tem patrocínio da Vale e será implementado com o apoio do
Fundo Brasileiro para a Biodiversidade e da SAVE Brasil e conta com a
participação ativa de todos atores que estiveram envolvidos na
conservação desta espécie nos últimos anos”, destaca Ugo.
Projeto Ararinha na Natureza
O Projeto Ararinha na Natureza inaugura a iniciativa de trabalho
envolvendo o setor privado e o governo federal. A iniciativa do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) conta
com patrocínio da Vale e será implementado com o apoio do Fundo
Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e da SAVE Brasil. Para quem
quiser saber mais, o projeto conta com um perfil no Facebook (facebook.com/ararinhananatureza).
PAN Ararinha-Azul
Diversos programas voltados à conservação da espécie foram
desenvolvidos, incluindo a restauração do hábitat e educação ambiental.
O ICMBio soma esforços junto a sociedade para desenvolver estratégias
de recuperação dessa espécie, na forma do Plano de Ação Nacional (PAN)
para a Conservação da Ararinha-azul. O PAN pretende adaptar filhotes das
aves criadas em cativeiro ao hábitat natural da espécie. A ideia é
soltar cerca de 20 ararinhas-azuis na natureza até 2017.
Para saber mais sobre o PAN da Ararinha-azul, clique aqui.
Comunicação ICMBio(61) 3341-9280
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