23 de setembro de 2013

Audiência pública - dia 01/10: ataque da praga Helicoverpa armígera.

Comissão realiza debate sobre praga nas lavouras do oeste

O adiamento dará mais produtividade aos trabalhos com a presença de autoridades e técnicos

A audiência pública que irá tratar do ataque da praga Helicoverpa armígera, a qual já causou prejuízos de cerca de dois bilhões de reais nas lavouras de algodão, soja e milho, no oeste do estado, foi adiada da próxima terça-feira para o dia 1º de outubro. O presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, deputado Luiz Augusto (PP), colocou a solicitação do autor do requerimento para a realização dos debates, deputado Herbert Barbosa (DEM), em votação e a decisão foi unânime pelo adiamento.

O objetivo do deputado é confirmar a presença de outras autoridades, dirigentes sindicais e agricultores, técnicos e outros segmentos envolvidos nesta grave crise, pois o colegiado deseja a intermediação do governador Jaques Wagner junto à presidente Dilma Rousseff para liberar o único produto venenoso que poderá exterminar a praga. Esse produto continua retido e proibido pelas autoridades federais para sua aplicação.

"Queremos trazer um grande número de produtores rurais e de técnicos que já conhecem a lagarta. Já existe preocupação até com a lavoura do café. Essa praga é uma realidade e temos que aprender a conviver com ela. Isso é um fato. O adiamento para o dia 1º de outubro dará oportunidade para trazermos todos os técnicos das entidades envolvidas com esse grave problema. Os técnicos terão oportunidades para explanação do ponto de vista didático e técnico para avaliação do veneno contra a praga."
Luiz Augusto sugeriu, inclusive, que, após a realização da reunião na Assembleia pela manhã, todos se dirijam para uma audiência com o governador do Estado, Jaques Wagner, evento este que deverá ser agendado.

"Se os produtores perderam dois bilhões de reais, o Estado perdeu quase 300 milhões de reais em ICMS. Só uma medida provisória da presidente Dilma poderá resolver a liberação do produto venenoso para eliminar a praga, pois nenhum órgão federal decide isso, já que a burocracia é muito grande, enquanto a praga destrói tudo nessas lavouras. O problema não é só do oeste baiano, mas também de todo o país", afirmou Luiz Augusto.

A expectativa dos produtores é a de que a Presidência da República tome uma providência para que seja liberada a aplicação do defensivo contra a praga, pois a situação é calamitosa e em breve será feito um novo plantio dos produtos atingidos. A praga causa danos a diferentes culturas de importância econômica, principalmente a do algodão e mais secundariamente soja, milho, tomate, plantas ornamentais e frutíferas, além de leguminosas em geral. O lagarto se alimenta de folhas e caules, tendo preferência por brotos, inflorescências, frutos e vagens, causando danos tanto na fase vegetativa quanto reprodutiva.

A praga possui alto potencial reprodutivo, grande mobilidade, capacidade de sobrevivência e de adaptação a diferentes ambientes, climas e sistemas de cultivo. Estas características possibilitam sua dispersão com grande facilidade, uma vez que o inseto adulto pode voar até 1.000 km de distância. Atualmente, a praga já atinge 11 estados brasileiros.

FONTE: http://www.al.ba.gov.br/Noticias/Noticia.php?id=15723

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