3 de setembro de 2011

TURISMO

Soluções podem alavancar turismo
A ocupação hoteleira nos 22 principais estabelecimentos de Salvador teve um crescimento de 6,6% nos primeiros cinco meses deste ano. É o melhor desempenho do setor desde 2005, conforme o Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Salvador e Litoral Norte (SHRBS). Mesmo assim, especialistas afirmam que a cidade carece de um planejamento voltado para o desenvolvimento do turismo.

O presidente da rede Portobello de Hotéis e ex-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Cícero Sena, sugere que sejam feitas algumas intervenções em Salvador para o aprimoramento do turismo. A primeira delas seria a criação de quiosques de apoio para os frequentadores de praias.

“A ideia seria colocarmos em toda a orla quiosques de apoio aos banhistas. Manteríamos esses equipamentos adequadamente distantes uns dos outros. Assim, o visitante ou até mesmo o morador teria um local apropriado para tomar banho e usar o banheiro”.

Dotar a cidade de sanitários públicos é outra questão que precisa ser revista, avalia Sena. “Os hotéis têm histórias tragicômicas de hóspedes, adultos e crianças que passam por constrangimentos quando estão em via pública e precisam de sanitário”.

Outra medida, na opinião dele, seria monitorar o circuito turístico da capital com câmeras de segurança, inclusive as praias. “Gastam uma fortuna instalando esses equipamentos no Carnaval e depois retiram. Por que eles não permanecem por lá de forma definitiva e também passam a ser colocados em outras regiões da cidade? Se não tem como colocar o big brother na cidade toda, que pelo menos sejam postos nos principais pontos turísticos”, salienta.

O ex-presidente da ABIH nacional sugere também que os museus da cidade permaneçam abertos nos domingos e feriados. “Salvador deve ser a única cidade do mundo em que os museus fecham nesses dias. Ninguém consegue compreender a razão dessa medida absurda e antiturística”, declara.

Intervenções de infraestrutura também seriam necessárias, diz Sena. Uma sugestão dada por ele – e que é motivo de polêmica – seria a derrubada da balaustrada de praias como a do Farol da Barra.

“Daí ficaria mais fácil contemplar a vista para o mar, que acaba ficando escondido”, diz, pontuando que as calçadas da orla, entre a Barra e Itapuã, também poderiam ser alargadas, de forma que as pessoas interagissem com a paisagem.

Outra proposta apresentada para o aprimoramento do turismo seria buscar soluções para a mobilidade urbana. Uma opção seria construir garagens no subsolo de praças públicas.

“Estacionamentos no subsolo do Campo Grande e na Praça da Piedade poderiam liberar duas pistas de rolamento na Avenida Sete, aumentando a fluidez no trânsito”, finaliza Cícero Sena.


Na opinião do presidente da Associação Brasileira de Viagens da Bahia, Pedro Galvão, algumas providências devem ser adotadas para o desenvolvimento do turismo na capital baiana, dentre as quais a recomposição da infraestrutura urbana, incluindo intervenções em ruas e calçadas e um projeto para as barracas de praia.

Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia, José Manoel Garrido Cambeses Filho, o governo e município precisam trabalhar de forma alinhada, de modo que se possa “resgatar a autoestima do soteropolitano e fazer com que o turista volte à cidade”.

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