25 de março de 2013

 









A utilização de espécies exóticas em plantios de recuperação de áreas degradadas tem sido condenada com base no argumento de que tais espécies podem se comportar como invasoras e contaminar os ecossistemas naturais ao redor das áreas onde forem plantadas.

Leucaena sp reúne alguns atributos típicos de espécies com alto potencial como invasoras, que são árvores de crescimento rápido, pioneiras heliófitas e produzem sementes em grande quantidade. A espécie reúne, ainda, vários atributos que são considerados favoráveis para ervas daninhas invasoras, quais sejam: capacidade de se reproduzir sexual e assexuadamente (leucena não se multiplica vegetativamente, mas rebrota sucessivas vezes após o corte), crescimento rápido, curto período pré-reprodutivo, alta plasticidade e tolerância a ambientes diversos.
Ainda que suas sementes secas e duras sejam predominantemente dispersas por gravidade (barocoria), há relatos de que a espécie é zoocórica e que suas sementes podem ser dispersas por aves e formigas, possibilitando transporte para além do limite de suas copas, o que é requisito para a disseminação de espécies invasoras. A dispersão pelo homem (antropocoria), através de cultivo, tem sido uma das formas mais eficazes de disseminação de plantas invasoras e a leucena tem sido amplamente cultivada no Brasil, especialmente como planta forrageira e, também, com a finalidade de recuperação ambiental.





 
PARA MAIORES INFORMAÇÕES, LEIAM:  COSTA, José Nicola Martorano Neves da  and  DURIGAN, Giselda. Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (Fabaceae): invasora ou ruderal?. Rev. Árvore [online]. 2010, vol.34, n.5, pp. 825-833. ISSN 0100-6762.


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