Exposição fotográfica: “Ser pataxó: educação e identidade cultural”
O Profe
ssor de Antropologia do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Augusto Marcos Fagundes Oliveira, realiza a exposição fotográfica “Ser pataxó: educação e identidade cultural”, resultado de sua dissertação de mestrado. As fotos, feitas pelo fotógrafo sueco Sonny Thoresen, estão vinculadas ao projeto de pesquisa “Índios no Sul da Bahia”, coordenado pelo professor.
A exposição foi aberta no dia 21 de março, na Galeria da Ponte do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. e promovida pelo Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem (Navi) e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFSC, do qual Augusto Oliveira é doutorando.
A Aldeia Indígena Nova Vida-Fazenda Bahiana, localizada a cerca de 18 km da sede do município de Camamu, é fruto de uma dissidência, ou cissiparidade, ocorrida na Reserva Caramuru-Paraguaçu para sair da violência a que estavam submetidos os indígenas na região dos municípios baianos de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacã, todos na Região Sul da Bahia.
O processo histórico vivenciado pelo povo Pataxó pós-criação da Reserva Caramuru-Paraguaçu efetivou-se com a fusão de diversas etnias (grupos Baenã, Borun, Kamakã-Mongoyó, Kiriri-Sapuyá, Pataxó e Tupinikim) e mesmo de miscigenação com elementos étnicos não-indígenas mesclados como um único povo. Sua trajetória histórica comum caracteriza-se por uma postura de resistência e de sobrevivência física e cultural, em face à sociedade dominante e ao extermínio imposto pelo conquistador através de processos genocidas e/ou da convivência forçada com instituições nacionais voltadas para promover a segurança do processo colonizador, e edificação da sociedade e do território brasileiros como um todo homogêneo ou, noutras palavras, voltados para a política da integração nacional.
A Reserva foi criada pelo Decreto número 4081 de 19 de setembro de 1925, e pela Lei número 1916 de 09 de agosto de 1926, que lhe assegurava 50 léguas quadradas para gozo dos índios, e que menciona como tendo direito às terras os Tupinambá e Pataxó ou outros ali habitantes, fossem Macro-Jê ou Tupi, compreendendo o primeiro as etnias Baenã, Borun, Kamakã-Mongoyó, Kiriri-Sapuyá e Pataxó, e o segundo, a etnia Tupinikim. Na época, acreditavam-se na possibilidade de haver outros grupos indígenas arredios ainda não conhecidos.
ssor de Antropologia do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Augusto Marcos Fagundes Oliveira, realiza a exposição fotográfica “Ser pataxó: educação e identidade cultural”, resultado de sua dissertação de mestrado. As fotos, feitas pelo fotógrafo sueco Sonny Thoresen, estão vinculadas ao projeto de pesquisa “Índios no Sul da Bahia”, coordenado pelo professor.A exposição foi aberta no dia 21 de março, na Galeria da Ponte do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. e promovida pelo Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem (Navi) e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da UFSC, do qual Augusto Oliveira é doutorando.
A Aldeia Indígena Nova Vida-Fazenda Bahiana, localizada a cerca de 18 km da sede do município de Camamu, é fruto de uma dissidência, ou cissiparidade, ocorrida na Reserva Caramuru-Paraguaçu para sair da violência a que estavam submetidos os indígenas na região dos municípios baianos de Itaju do Colônia, Pau Brasil e Camacã, todos na Região Sul da Bahia.
O processo histórico vivenciado pelo povo Pataxó pós-criação da Reserva Caramuru-Paraguaçu efetivou-se com a fusão de diversas etnias (grupos Baenã, Borun, Kamakã-Mongoyó, Kiriri-Sapuyá, Pataxó e Tupinikim) e mesmo de miscigenação com elementos étnicos não-indígenas mesclados como um único povo. Sua trajetória histórica comum caracteriza-se por uma postura de resistência e de sobrevivência física e cultural, em face à sociedade dominante e ao extermínio imposto pelo conquistador através de processos genocidas e/ou da convivência forçada com instituições nacionais voltadas para promover a segurança do processo colonizador, e edificação da sociedade e do território brasileiros como um todo homogêneo ou, noutras palavras, voltados para a política da integração nacional.
A Reserva foi criada pelo Decreto número 4081 de 19 de setembro de 1925, e pela Lei número 1916 de 09 de agosto de 1926, que lhe assegurava 50 léguas quadradas para gozo dos índios, e que menciona como tendo direito às terras os Tupinambá e Pataxó ou outros ali habitantes, fossem Macro-Jê ou Tupi, compreendendo o primeiro as etnias Baenã, Borun, Kamakã-Mongoyó, Kiriri-Sapuyá e Pataxó, e o segundo, a etnia Tupinikim. Na época, acreditavam-se na possibilidade de haver outros grupos indígenas arredios ainda não conhecidos.
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