Miriam Hermes, da sucursal Barreiras
As obras na BR-135, no trecho entre São Desidério e Correntina, oeste do Estado, retomadas este ano, foram paralisadas temporariamente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a pedido do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) , que havia liberado a construção em 14 dos 19 km que ainda estavam com pista de terra.
O órgão suspendeu e pediu a revisão da licença de instalação depois da denúncia do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas de que o teto da caverna conhecida como Buraco do Inferno, da Lagoa do Cemitério, está desmanchando onde a estrada estava sendo construída.
Uma equipe multidisciplinar do Ibama, Dnit e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente visitou o local para determinar as consequências futuras da obra para a caverna. “Só após esta nova avaliação (que ainda não tem data definida para conclusão) é que serão definidas as próximas ações”, disse o superintendente do Dnit na Bahia, Saulo Pontes.
Ele ressaltou, no entanto, que as obras estão “estritamente dentro do que foi liberado pelo Ibama, e a informação que tínhamos, pelos estudos espeleológicos e geofísicos, é que a estrada não passava sobre nenhuma caverna”. Mas o espeleólogo Alexandre Lobo, integrante do grupo Bambuí, que mês passado percebeu que pedras do teto da caverna estão caindo, contestou a afirmação do superintendente do Dnit e afirmou que as obras estão ocorrendo “justamente sobre a caverna”.
Ele trabalhou, em 2008, com a equipe que estudou variantes alternativas para a estrada, mapeando as grutas na área de influência da BR-135 e enfatizou que suspeita que os estudos “foram alterados ou ignorados”, pois a recomendação era para não asfaltar a estrada no traçado original “porque a via está sobre as grutas”.
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