11 de abril de 2010

Governo transforma 6,2 milhões de hectares em Unidades de Conservação

O Brasil registrou avanço considerável na implantação de Unidades de Conservação (UCs). Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, de maio de 2008 até março de 2010 foram criados 6,2 milhões de hectares destas unidades. Além disso, ainda neste mês de março, serão ampliadas e criadas novas UCs nos estados da Bahia, Espírito Santo, Piauí e Roraima.

O balanço foi divulgado nesta terça-feira (9), pelo MMA, durante solenidade de assinatura de portarias que aprovam planos de manejo e criam conselhos de diversas UCs, no auditório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília.

Jefferson Rudy/MMAMMA transforma 6,2 milhões de  hectares em unidades de conservação
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Dados do ICMBio mostram que, de maio de 2008 a março de 2010, foram apresentados 30 planos de manejo, documentos que definem as regras para uso das UCs. Até o final do ano, outros 36 planos devem ser elaborados e outros 62 devem ser apresentados em 2011.

Em um ano e meio, em conjunto com o Serviço Florestal Brasileiro (SBF), com organizações não-governamentais e com a sociedade civil, o ICMBio conseguiu reduzir em 91% o número de Unidades de Conservação sem a presença de servidores, além de reduzir em 78,7% os incêndios nessas áreas e incrementar em 82,95% a arrecadação nas UCs. "Esse é um esforço para mudar um quadro que, lamentavelmente, em função de um conjunto de fragilidades, levava a agenda de conservação das áreas protegidas e da conservação da biodiversidade a uma situação de abandono", disse Rômulo Mello, presidente do ICMBio. "É um resgate para o qual o Instituto Chico Mendes foi criado", complementou.

Na cerimônia, foram assinadas portarias que aprovam planos de manejo para as Florestas Nacionais do Amana e do Crepori (PA), o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (AP/PA), a Estação Ecológica dos Tupiniquis (SP) e a Reserva Biológica do Tapirapé (PA), além da Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) Rio das Lontras (SC) e da revisão do plano de manejo da Reserva Biológica de Jaru (RO).

As áreas garantem a conservação de áreas nos seis biomas brasileiros (Caatinga, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica). Por serem instituídas pelo poder público, as UCs estabelecem medidas de manejo e de fiscalização, ajudando a combater ações como o desmatamento. Durante o evento, também foram assinadas portarias que criam conselhos no Parque Nacional da Serra das Confusões (PI), na Floresta Nacional Mapiá - Inauini (AM) e na Floresta Nacional do Purus (AM).

Com o plano de manejo e a concessão florestal, as florestas vão atrair investimentos sustentáveis para a região da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), tais como a extração legal de produtos madeireiros e não-madeireiros (como óleos e cipó), incentivando a instalação de serrarias e de outras empresas. A previsão do ICMBio é que as concessões em Amana e Crepori gerem uma receita de R$ 8 milhões, criando cinco mil empregos para a população local. "A previsão inicial é uma produção de quase 500 mil metros cúbicos de madeira legal por ano", disse o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SBF), Antônio Carlos Hummel. "No contexto da BR-163, que é de ilegalidade e de desmatamento, isso é muito importante", acrescentou Hummel.

Fonte:Ministério do Meio Ambiente (MMA)

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