AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA E A LISTA DE ESPÉCIES AMEAÇADAS: O QUE SIGNIFICA, QUAL SUA IMPORTÂNCIA, COMO FAZER?
A biodiversidade é um bem comum essencial para a sobrevivência da humanidade na Terra. Seu valor intrínseco e extrínseco tem sido amplamente reconhecido por governos e sociedade civil em diversos acordos internacionais. A perda de biodiversidade é uma das piores crises mundiais da atualidade com espécies e habitats diminuindo a uma taxa alarmante como mostrou a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção de 2008 (Vié et al. 2009). Por isso a Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) definiu para 2020 metas claras de redução das taxas de extinção a nível mundial.
As listas de espécies ameaçadas de extinção ou Listas Vermelhas (“Red List”), tornaram-se mundialmente conhecidas através da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Inicialmente elaboradas para mamíferos e aves, essas listas foram criadas para chamar a atenção para a necessidade de agir rápida e efetivamente em prol da conservação das espécies com maior risco de extinção em futuro próximo (Fitter & Fitter 1987). Avaliar o estado de conservação nada mais é do que estimar a probabilidade ou risco relativo de extinção de uma espécie ou subespécie. Além de apontar as espécies com maior urgência de ações de conservação, as avaliações podem gerar índices do estado de degeneração ou recuperação da biodiversidade por grupo taxonômico ou por região geográfica. Por isso, quando o objetivo é reduzir a taxa de extinção de espécies, a avaliação do estado de conservação é considerado o passo inicial e também o mais importante para planejar e priorizar recursos e ações (Mace & Lande 2001, Mace et al. 2008).
Este artigo apresenta o processo em curso de avaliação do estado de conservação da fauna brasileira, incluindo conceitos envolvidos, abordagens, procedimentos e forma de envolvimento dos profissionais.
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