9 de julho de 2011

Ocorrência de molibdênio de região de Carnaíba será estudada


Laboratório de Tratamento de Minérios está à frente
O Estado da Bahia tem um dos poucos depósitos do molibdênio do Brasil. A região de Carnaíba, no município de Pindobaçu, é famosa pela ocorrência de esmeraldas e alexandrita e desde os anos 1960 abriga garimpeiros que buscam essas gemas, que em geral são mais valorizadas que diamante. Na região, entretanto, é muito mais frequente o aparecimento de um mineral cinza, assemelhado à grafita. Trata-se da molibdenita (MoS2), que é a principal fonte de molibdênio, elemento essencial para a produção de aços inoxidáveis usados ambientes ricos em cloretos, como na água do mar. O molibdênio é essencial para a produção de materiais de construção usados em vários segmentos industriais, incluindo a indústria de petróleo.
A UFBA, através do Laboratório de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa, do Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais da Escola Politécnica teve um projeto de pesquisa aprovado no âmbito do Edital MCT/CT-Mineral/CNPq Nº 44/2010 (Pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação aplicados às linhas temáticas do Projeto Tendências Tecnológicas do Setor Mineral). O projeto “Utilização de Técnicas Hidrometalúrgicas para Recuperação e Purificação de Molibdênio Metálico” é coordenado por Prof. Luiz Rogério Pinho de Andrade Lima e prevê a aquisição de equipamentos analíticos para completar a infraestrutura desse laboratório, que atualmente é o único da Bahia dedicado ao desenvolvimento de estudos nas áreas de Tratamento de Minérios, Hidrometalurgia, Eletrometalurgia, Pirometalurgia e Reciclagem de Materiais Inorgânicos, tão importantes para a economia do Estado da Bahia.
O laboratório participa da organização do XXIV Encontro Nacional de Tratamento de Minérios e Metalurgia Extrativa (www.entmme2011.com.br), que acontecerá no Hotel Pestana Bahia de 16 a 19 de outubro e reunirá os principais pesquisadores do Brasil nessa área, além de importantes especialistas estrangeiros, como Fathi Habashi, professor emérito da Université Laval (Canadá).

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