Seminário em Barreiras nesta sexta-feira (26) vai discutir retomada das obras da Fiol
Evento será realizado no Espaço Bartira Fest, a partir das 9 horas
A construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) está
paralisada. Problemas técnicos e de ordem ambiental travaram o projeto
que representa um novo marco de desenvolvimento para a Bahia e para o
País. Partindo do Tocantins, com mais de 1.500 km de extensão e cortando
49 municípios do Estado até o Porto Sul, em Ilhéus, a ferrovia é
essencial para o escoamento das produções de grãos e minérios. A
retomada das obras será discutida nesta sexta-feira (26), em Barreiras
(Oeste do Estado), no Seminário Fiol: a Bahia quer, o Brasil precisa.
O seminário será realizado no espaço Bartira Fest e contará com as
presenças, já confirmadas, do governador Jaques Wagner, dos ministros
César Borges (Transportes), José Leônidas de Menezes Cristino (Portos),
Agnaldo Veloso Ribeiro (Cidades), Augusto Nardes (presidente do TCU),
Aroldo Cedraz (vice-presidente do TCU), Josias Sampaio (presidente da
Valec), Volney Zanardi Jr. (presidente do Ibama), Bernardo Figueiredo
(presidente da Empresa de Planejamento e Logística), Elmo Vaz Bastos de
Matos (Presidente da Codevasf), Márcio Zimmermann (secretário Executivo
do Ministério das Minas e Energia) e gal. Jorge Ernesto Pinto Fraxe
(diretor-geral do DNIT).
O evento é coordenado pelo gabinete do deputado federal João Leão
(PP) e tem como organizadores o Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia da Bahia (Crea-BA), Associação dos Engenheiros Ferroviários da
Bahia, União dos Municípios da Bahia e gabinete do senador Walter
Pinheiro (PT). No dia anterior ao seminário, quinta-feira (25), serão
realizados painéis técnicos sob mediação do Crea-BA, com as presenças
da diretoria da Valec e diversos órgãos e entidades profissionais da
região.
O seminário visa sensibilizar os órgãos responsáveis para a retomada
das obras. A ferrovia é vista como equipamento essencial para o
desenvolvimento do Estado. A Fiol influencia diretamente o dia-a-dia de
mais de 140 cidades do Estado e será o principal corredor de escoamento
para a produção de grãos e minérios na Bahia.
Segundo João Leão, ao final do seminário será redigida a Carta da
Bahia que será entregue à Presidência e Ministérios com sugestões para a
retomada imediata das obras. A presidenta da União dos Municípios da
Bahia, prefeita de Cardeal da Silva, Maria Quitéria (PSB), diz que a
entidade e também as associações regionais estão empenhadas no
movimento, já que todo o Estado será beneficiado com a construção da
Fiol.
O presidente do Crea-BA, Marco Amigo explica a importância das obras
para o Estado, dinamizando a economia e também do ponto de vista
profissional, já que centenas de técnicos e engenheiros estão envolvidos
com a construção da ferrovia e também do Porto Sul. Para Amigo, a Fiol
representa a descentralização da economia baiana, possibilitando um novo
marco de desenvolvimento para a Bahia.
O presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários da Bahia e
Sergipe, Neville Barbosa, salienta que a ferrovia vai desenvolver o
entorno de 100 quilômetros de cada lado dos trilhos, sendo ainda
importante para a integração com o Rio São Francisco. Essa
possibilidade, segundo ele, estende o alcance da Fiol, com a criação do
intermodal que vai trazer benefícios de Juazeiro e Carinhanha, chegando a
Minas Gerais. Com o Porto Sul, essa influência aumenta. É inevitável o
benefício para todo o Estado. Segundo o engenheiro, o benefício
econômico vai superar o desenvolvimento proporcionado para a Região
Metropolitana do Salvador a partir da criação do Pólo Petroquímico de
Camaçari há mais de 30 anos.
Presenças confirmadas também do vice-governador e secretário de
Infraestrutura, Otto Alencar; José Sérgio Gabrielli Secretário de
Planejamento; Ruy Costa Secretário da Casa Civil; Carlos Costa
Secretário da Indústria Naval e Portuária; Eduardo Sales Secretário da
Agricultura; James Correia Secretário da Indústria, Comércio e
Mineração; Wilson Brito Secretário do Desenvolvimento Regional; UPB -
União dos Municípios da Bahia; UMOB União dos Municípios do Oeste da
Bahia; AMURC Associação dos Municípios da Região Cacaueira; AMIRS
Associação dos Municípios da Região Sudoeste; AMAVALE Associação dos
Municípios da Serra Geral e do Vale do São Francisco; AMORVALE
Associação dos Municípios do Médio São Francisco; CIMURC Consórcio
Intermunicipal dos Municípios do Vale do Rio das Contas e dos prefeitos
de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Angical e São Desidério.
Participarão também a Comissão da Fiol na Assembléia Legislativa da
Bahia, presidida pela deputada Ivana Bastos, Comissão do Porto Sul,
deputado Augusto Castro (PSDB-presidente); Comissão de Infraestrutura,
deputado Herbert Barbosa (DEM-presidente), entre outras personalidades.
LIGAÇÃO - A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) dinamizará o
escoamento da produção da Bahia e servirá de ligação dessa região com
outros pólos do país, por intermédio de conexão com a Ferrovia
Norte-Sul. Incluída entre as prioridades do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste terá 1.527 km de
extensão e envolverá investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até
2014.
A Fiol ligará as cidades de Ilhéus, Caetité e Barreiras no estado da
Bahia a Figueirópolis, no estado do Tocantins, formando um corredor de
transporte que otimizará a operação do Porto Sul, em Ilhéus, e ainda
abrirá nova alternativa de logística para portos no norte do país
atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás.
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