Homem é preso por tráfico de mais de 400 pássaros silvestres na Bahia
Animais foram encaminhados para Salvador na manhã desta quinta-feira.
Dois pássaros já chegaram mortos; suspeito deve pagar multa e fiança.
Pássaros foram apreendidos em caixas de madeira dentro de carro, em Feira de Santana, na Bahia. (Foto: Lílian Marques/ G1)
Cerca de 430 pássaros silvestres foram apreendidos pela Polícia
Rodoviária Federal (PRF) na noite de quarta-feira (17), na BR-116,
trecho de Feira de Santana,
cidade distante cerca de 100 km de Salvador. Um homem foi preso
suspeito de traficar os animais. Ele tem 58 anos e foi encaminhado à
Delegacia de Feira de Santana. Além de pagar multa por cada pássaro
apreendido, só poderá deixar a unidade policial após pagar fiança.As aves foram encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais (Cetas), doInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na capital baiana, na manhã desta quinta-feira (18).
Pássaros da espécie Azulão foram apreendidos
em Feira de Santana. (Foto: Lílian Marques/ G1)
De acordo com Josiano Cordeiro Torezani, coordenador do Cetas, os
pássaros são das espécies Brejões, Azulão, Tico-tico-rei, Cardeal e
Pintasilgo do Nordeste, que está ameaçado de extinção. Dois já pássaros
chegaram a Salvador mortos.em Feira de Santana. (Foto: Lílian Marques/ G1)
Segundo o coordenador, os animais agora receberão tratamento para depois serem devolvidos à natureza. Há jovens e adultos entre os pássaros. A expectativa é que em duas semanas eles estejam com condições físicas de voltar ao habitat natrual, que de acordo com Josiano, é a região de Caatinga, no interior da Bahia.
As aves estavam em caixotes, na mala e em outra partes de um carro de passeio quando foram encontrados pela PRF durante uma blitz. "Eles eram transportados em um Celta, com outras pessoas, amontoados, sem circulação de ar, sem água, sem comida", disse Josiano Torezani.
Crime
A multa por cada pássaro apreendido, para qualquer pessoa que esteja em poder de uma ave silvestre sem autorização do Ibama, é de R$ 500. No caso daqueles que estão ameaçados de extinção, esse valor é dez vezes maior.
Segundo o coordenador do Cetas em Salvador, estar em poder de animais silvetres sem autorização do Ibama é crime de tráfico de animais. Para criar um animal silvestre, de acordo com Josiano Torezani, é preciso que o interessado se cadastre no Ibama e adquira o animal já legalizado, em algum cativeiro, também registrado no órgão.
"Os animais para criação não podem ser nunca capturados da natureza. Quem tem um animal capturado não consegue legalizar", afirmou.
Um
pássaro da espécie Pintasilgo do Nordeste, que está ameaçada de
extinção, está entre os apreendidos na Bahia (Foto: Lílian Marques/ G1)
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