BAHIA NÃO TEM LEI DE FAUNA.
Espécies ameaçadas
O processo de extinção faz parte do curso natural das espécies.
Trata-se de um evento lento causado por fatores como o surgimento de
competidores mais eficientes e catástrofes naturais. Foi assim com os
dinossauros, que, acredita-se, entraram em extinção há milhões de anos
por causa dos efeitos climáticos gerados pela queda de um meteorito.
Atualmente, no entanto, a principal ameaça às espécies é o ser
humano. Sua intervenção nos ecossistemas do planeta acelerou o
desaparecimento de animais e plantas, um processo que deveria ocorrer
lentamente. O mau uso dos recursos naturais, a poluição e a expansão
urbana estão entre os fatores que degradam ambientes naturais e reduzem o
número de habitats para as espécies.
O ser humano também interfere no ciclo natural quando transporta
espécies exóticas para além dos limites de sua área de ocorrência
original. Muitas vezes, elas multiplicam-se rapidamente e dominam
espécies nativas do local para onde foram levadas, causando um
desequilíbrio que resulta no empobrecimento dos ambientes, na
simplificação dos ecossistemas e na extinção de espécies nativas.
O último levantamento apontou a existência de 627 espécies ameaçadas
de extinção. Entre os 26 primatas incluídos na lista, está o
mico-leão-dourado, natural da Mata Atlântica, o bioma mais
descaracterizado do país. Os mamíferos carnívoros também sofrem com a
destruição ou fragmentação de seus habitats, pois precisam de grandes
áreas para obter suas presas. É o caso do lobo-guará, encontrado em
áreas como o Cerrado e o Pantanal. Entre os animais aquáticos ameaçados
está o peixe-boi, caçado em grandes quantidades desde o século 16 e hoje
protegido por lei.
Para consultar o último levantamento do Ministério do Meio Ambiente sobre espécies ameaçadas, acesse aqui
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