Assessoria de Comunicação Social Classificação da Notícia: Meio Ambiente
Ministério Público do Estado da Bahia
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11/07/2012 11:56:32 |
Redatora: Anbar - MTbBA 690
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TAC assinado no MP assegura adequação
ambiental em área usada na plantação de eucalipto
ambiental em área usada na plantação de eucalipto
Uma área total correspondente a quase 35
mil hectares, que vinha sendo utilizada inadequadamente na plantação de
eucalipto comercial, provocando devastação nos remanescentes da Mata
Atlântica no extremo sul do estado, será adequada ambientalmente e
passará a ser monitorada. Isso será possível depois que o Ministério
Público estadual, por meio da Promotoria de Justiça Ambiental Regional
de Teixeira de Freitas, a 884 km de Salvador, promoveu a assinatura de
um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) envolvendo a Suzano Papel e
Celulose S. A. e Fibria Celulose S. A. Cumprindo termos do documento, o
promotor de Justiça Fábio Fernandes Corrêa acaba de fechar 119 termos de
adesão ao TAC, envolvendo 148 fomentados e 209 propriedades rurais.
Conforme o TAC, a partir de agora, as
empresas de celulose terão entre as obrigações o custeio de análise
técnica nas propriedades de terceiros com os quais mantêm fomento para a
produção do eucalipto. Essa análise verificará a adequação ambiental do
empreendimento e, caso necessário, orientará a restauração florestal
conforme as mais modernas metodologias que serão indicadas pelo
Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF) da USP de
Piracicaba, referência nacional no assunto segundo Fábio Corrêa. Para o
promotor de Justiça, esse é um passo importante vez que a área de
34.656,39 hectares, que será adequada ambientalmente, encontra-se no
corredor central da Mata Atlântica, “um dos hot spots de preservação
ambiental do mundo.”
Fábio Corrêa considera também que o
sucesso da ação teve como fator preponderante a atuação regional na
defesa do meio ambiente, conforme modelo recentemente implantado pelo MP
baiano com as Promotorias Regionais Ambientais. Ele ressalta que, além
das empresas e do MP, estão envolvidos no compromisso o LERF, que é
vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de São
Paulo; o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
(Imaflora); a Sysflor Certificações de Manejo e Produtos e a Fundação
José Silveira. Juntas, elas contribuirão para a restauração florestal
das áreas de reserva legal, preservação permanente e remanescentes de
Mata Atlântica, referente a posse dos imóveis rurais vinculados aos
contratos que mantém com produtores florestais.
Da mesma forma, essas instituições
custearão a análise técnica que possibilitará a identificação da
potencialidade de restauração das áreas de reserva legal, preservação
permanente e remanescentes de Mata Atlântica, bem como a forma como será
realizada; a elaboração de plantas planimétricas com grade de
coordenadas geográficas das posses dos imóveis rurais envolvidos,
identificando os remanescentes de Mata Atlântica, as áreas de
preservação permanente, a área proposta para a reserva legal, as
plantações de eucalipto; a elaboração de um Plano de Revegetação,
Recuperação ou Enriquecimento Vegetal (PREV) contemplando o devido
monitoramento de modo a garantir o êxito da restaração florestal; e a
aquisição de mudas prioritariamente dos núcleos de produção vinculados
ao Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade
Florestal para o cumprimento da PREV, caso a análise técnica aponte sua
necessidade. A Suzano e a Fibria têm um prazo de dois meses para
apresentar um cronograma ao MP a fim de que as visitas comecem a ser
feitas às propriedades.
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