Centro de Pós–Graduação Oswaldo Cruz oferecerá cursos inéditos no Brasil a partir de Agosto
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Cursos de Neuroeducação
Aplicada à Saúde, de Hipnodontia, de Psicofarmacologia, e de
Farmacoterapia e Laser Laserterapia Aplicadas à Odontologia, apresentam
em comum, algumas propostas ainda inéditas
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Foto: Ricardo Mirão |
Professores Carlos Alberto Monson e Edna Bertini |
O Centro de Pós–Graduação Oswaldo Cruz promoverá o lançamento, a
partir do mês de agosto, uma série de cursos de especialização, entre
eles, o curso de Neuroeducação Aplicada à Saúde, o curso de Hipnodontia
ou Hipnose Aplicada à Odontologia, o de Psicofarmacologia, e o de
Farmacoterapia e Laserterapia Aplicadas à Odontologia, que apresentam em
comum algumas propostas ainda inéditas e revolucionárias no campo da
medicina no Brasil. Os cursos também serão coordenados pelos professores
Carlos Alberto Monson, Edna Bertini e Paulo de Mello, todos membros do
Grupo de Estudos e Pesquisa em Neuropsicanálise (NpCn) do Centro de
Estudos em Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp). “A ideia básica por trás dos cursos parte do princípio de que
existe uma procura cada vez maior de dentista por cursos de
farmacologia e de outros profissionais da área da Saúde por conta de uma
deficiência na formação básica de alguns desses profissionais no
decorrer da graduação”, explicou a professora Edna Bertini.Conceitos modernos, práticas e ferramentas da Neurociência Comportamental
As técnicas complementares referenciadas pela professora Edna visam,
principalmente, o uso racional de medicamentos, promover a atualização e
aprimoramento técnico específico como forma de aumentar a assertividade
das intervenções nas áreas da Saúde e da Educação por meio da
apresentação de modernos conceitos, práticas e ferramentas que compõem o
campo de conhecimento da Neurociência Comportamental. Entre as
expertises oferecidas pelos cursos se destacam a Hipnodontia ou Hipnose
em Odontologia, Psicopsicopatologia, Práticas das Neurociências
Aplicadas à Medicina Mente/Corpo, Neurofisiologia das Emoções,
Neuroanatomia Funcional, Neurociência Cognitiva, Neurociência Clínica:
Bases Biológicas
da Saúde Mental, entre outros. O objetivo é fornecer aos profissionais
de nível superior, que já exercem ou pretendem ingressar nessas áreas,
novas possibilidades de aprimorar suas habilidades e, principalmente,
adquirir novos conhecimentos dentro do campo das Neurociências Aplicadas
e, no caso específico da Odontologia, que por conta do curto período de
duração dos cursos de graduação dispõem frente à complexidade de
treinamento para o desenvolvimento das habilidades necessárias ao
exercício das funções clínicas cotidianas, que a profissão exige, muitos
desses conteúdos ficam simplesmente fora dos currículos convencionais.
“Geralmente é só depois de formado, no exercício de suas atividades
clínicas cotidianas é que o profissional de Odontologia vai sentir os
reflexos dessas incompletudes curriculares, especialmente nas áreas de
Farmacopéia e de Propedêutica Clínica, que devido a rápida evolução dos
conhecimentos, hoje, acabam por exigir a necessidade de busca por uma
formação adicional consistente com vistas a uma atualização”. Apontou o
professor Carlos Monson.Técnica é reconhecido há mais de 40 anos
No Brasil, a utilização da Hipnose na Odontologia é autorizada desde o
ano de 1966, com base no artigo da Lei nº 5.081, de 24 de agosto daquele
ano, que regula o exercício da Odontologia. No entanto, a Hipnodontia
ou Hipnose ligada à Odontologia, por se tratar de uma das áreas de
conhecimento da Medicina Mente/Corpo, se não for adequadamente
conduzida, apresenta risco consideravelmente grave à saúde dos
pacientes, o que fez com que o Conselho Federal de Odontologia (CFO)
baixasse uma portaria normativa exigindo de todos profissionais queiram
ter o direito de exercer legalmente essa atividade, sejam submetidos a
um treinamento atualizado com um mínimo de 180 horas de duração.
“Infelizmente
ainda existem diversos cursos de hipnose para diversas categorias, que
apresentam como carga horária, a de um final de semana, os quais podem
ter alguma serventia, mas dentre elas, nenhuma que capacite um
profissional da saúde a incorporar esta técnica como recurso de
co–intervenção e simplesmente sair por aí a aplicá–la em seus pacientes,
sem pagar o pesado ônus de expô–los a graves riscos de efeitos
adversos, inclusive com repercussões imediatas ou tardias pós–transe”,
explicou o professor Monson. Pesquisas clínicas de elevada
confiabilidade denominadas ensaios clínicos randomizados (aleatórios)
multicêntricos que tem como função avaliar os efeitos da hipnose em
diversas especialidades médicas apontam que nas populações estudadas
sempre ocorre uma elevada prevalência de desfechos adversos sérios e de
difícil resolução quando se aplicam esses recursos sem uma avaliação
diagnóstica e de estadiamento
preliminar com escalas validadas de suscetibilidade ao transe e outros
critérios.Critérios mínimos de segurança A manifestação dos
fenômenos apontados acima podem ter varias causas que muitas vezes não
são levadas em consideração por quem organiza os cursos de fim de
semana. “Nestes cursos não são abordados detalhes importantes de
psicopatologia, de estratégias de intervenções, dos riscos como o
desequilíbrio límbico, que faz com que o individuo que se submete a um
procedimento deste tipo e não preenche os critérios mínimos de inclusos
para ser, sofra um desequilíbrio límbico que pode funcionar como um
gatilho para o desencadeamento de uma algumas doenças psiquiátricas que
até então estavam ‘inativas. Usamos técnicas seguras que nos possibilite
realizar a hipnose sem passar pelo sistema límbico, sem causar danos
aos pacientes”, atesta o Prof. Carlos Monson. Esta opinião é
compartilhada pela professora Edna, segundo ela, a hipnose por si só
não tem função alguma, mas aquela que é praticado segundo o ponto de
vista terapêutico leva o paciente a uma restruturação cognitiva.
“Pode–se dizer que por meio da hipnose é possível chegar a um estado em
que o paciente que precisa ser anestesiado, mas não pode fazer uso de
medicamentos possa ser sedado. Além disso, por meio da técnica correta é
possível estancar hemorragias, fazer com que o paciente fique com a
boca seca, caso isso seja necessário para a realização de um
procedimento médico. Tudo isso é possível por meio da
sugestionabilidade”, salientou a professora Edna.Efeitos colaterais menores
Para os professores da FOC a medicina moderna tende cada vez mais fazer
associações técnicas complementares visando o uso racional de
medicamentos. Para a professora Edna “em casos de pacientes hipertensos,
é comum a associação
de técnicas complementares que possibilitam reduzir drasticamente a
quantidade de medicamentos utilizados, e expondo o paciente a efeitos
colaterais menores”. Como forma de contemporizar sobre o tema o Prof.
Carlos Monson relembrou um caso recente em que precisou fazer uso das
técnicas de sugestionabilidade. “Atendemos um paciente que havia se
submetido a um transplante de rim, e por conta das alterações renais
teve problemas de gengiva e perdeu muitos dentes mas trazia consigo uma
carta do hospital informando o que não poderia se medicado durante o
tratamento. Para fazer os implantes seguimos um protocolo de de
medicação pré–emptiva. Como forma de resolver essa questão entramos em
contato com o hospital e em conjunto optamos por uma redução do uso do
fármaco e complementamos com uso laser. Foi um sucesso”. Para o
professor Monson esse exemplo é apenas uma das inúmeras razões por que
“nós do Centro de Estudos
de Neurociências Aplicadas das Faculdades Oswaldo Cruz (CENA/FOC),
termos sido a primeira Instituição de Ensino no Brasil a fazer uso
dessas técnicas".
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Publicado em: 28/5/2012 por: Ricardo Mirão |
5 de junho de 2012
Centro de Pós–Graduação Oswaldo Cruz oferecerá cursos inéditos no Brasil a partir de Agosto
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