ICMBio combate caça e tráfico de animais
Com o objetivo de combater ilícitos ambientais, como caça e tráfico de animais silvestres, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou operação de fiscalização no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Veredas do Oeste Baiano, unidade de conservação na Bahia e com sede no município de Mambaí (GO). A operação intitulada de “Fiscalização Catitu” ocorreu no período de 22 de fevereiro a 3 de março.Participaram representantes da Coordenação Geral de Proteção Ambiental e da Coordenação Programas de Proteção do ICMBio, a equipe da unidade de conservação e agentes de fiscalização do Parque Nacional do Iguaçu (PR), Estação Ecológica Niquiá (RR), Área de Proteção Ambiental (APA) do Planalto Central (DF-GO), Reserva Biológica Sooretama (ES) e Parque Nacional do Jamanxin (PA).
Durante a operação, os fiscais constataram ilícitos relacionados à caça ilegal e à manutenção de pássaros silvestres em cativeiro sem autorização, além de duas ocorrências relacionadas à pesca ilegal, com a apreensão de cinco redes de emalhe, duas varas de pesca e dezenas de linhas de mão.
R$ 72 mil em multas
Foram lavrados 24 autos de infração (no total, as multas chegaram a R$ 72.100) e apreendidas nove armas longas, todas sem registro e ilegais de acordo com o Estatuto do Desarmamento e mais de mil munições. Também foram encontrados apetrechos para o recarregamento de munições, como chumbo de diversos tamanhos, pólvora e espoletas. Em uma das ocorrências, em uma barreira veicular noturna, o infrator transportava carne de caça e teve sua motocicleta apreendida.
No total, foram encontradas, na posse de infratores ou em suas residências, a carne ou partes de 14 animais silvestres, incluindo um tatu-canastra (Priodontes maximus) e uma jaguatirica (Leopardus pardalis), espécies ameaçadas de extinção.
Foram cumpridos, ainda, cinco mandados de busca e apreensão – dois na cidade de Jaborandi, na Bahia, e três no município de Mambaí, no Goiás. Na ocasião, foram apreendidos sete canários (Sporophila sp.), uma aratinga-de-testa-azul (Aratinga acuticaudata) e um curió (Sporophila angolensis), além de diversas gaiolas e arapucas para captura de pássaros. Todos os canários, devido ao estado de estresse, foram devolvidos imediatamente à natureza.
Para obtenção dos mandados, houve um trabalho executado juntamente com a Justiça Federal, por meio da Procuradoria Federal Especializada do ICMBio (da CR 11 em Lagoa Santa) da Advocacia Geral da União (AGU) em Barreiras (BA) e em Formosa (GO). Diante dos resultados obtidos, novas operações serão executadas na região, de forma a reprimir a caça e capturas ilegais de animais silvestres no oeste da Bahia e permitir que as unidades de conservação da região – Refúgio de Vida Silvestre Veredas do Oeste Baiano, Área de Proteção Ambiental Nascentes do Rio Vermelho, Reserva Extrativista Recanto das Araras de Terra Ronca e Floresta Nacional Mata Grande – cumpram com seus objetivos de conservação.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280
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