A utilização de espécies exóticas em plantios de recuperação de áreas degradadas tem sido condenada com base no argumento de que tais espécies podem se comportar como invasoras e contaminar os ecossistemas naturais ao redor das áreas onde forem plantadas.
Leucaena sp reúne alguns atributos típicos de espécies com alto potencial como invasoras, que são árvores de crescimento rápido, pioneiras
heliófitas e produzem sementes em grande quantidade. A espécie reúne, ainda, vários atributos que são
considerados favoráveis para ervas daninhas invasoras, quais sejam: capacidade de se reproduzir sexual e
assexuadamente (leucena não se multiplica vegetativamente, mas
rebrota sucessivas vezes após o corte), crescimento rápido, curto
período pré-reprodutivo, alta plasticidade e tolerância a ambientes
diversos.
Ainda
que suas sementes secas e duras sejam predominantemente dispersas
por gravidade (barocoria), há relatos de que a espécie é zoocórica e que suas sementes podem ser dispersas por
aves e formigas, possibilitando transporte para além do limite de
suas copas, o que é requisito para a disseminação de espécies
invasoras. A dispersão pelo homem (antropocoria), através de cultivo,
tem sido uma das formas mais eficazes de disseminação de plantas
invasoras e a leucena tem sido amplamente cultivada
no Brasil, especialmente como planta forrageira e, também, com a
finalidade de recuperação ambiental.
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