Capes teve queda de despesa com pessoal
FLÁVIA FOREQUE
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
O aumento no número de bolsas concedidas pelo governo federal a
universitários nos últimos dois anos não foi acompanhado de uma
ampliação no quadro de pessoal da Capes, órgão do Ministério da Educação
que gerencia repasses do programa Ciência sem Fronteiras.
BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
A despesa com pessoal da Capes, entre 2009 e 2012, sofreu queda de 7,8%, caindo de R$ 52,1 milhões em 2009 (valor corrigido pela inflação do período) para R$ 48,1 milhões no ano passado.
Entre 2009 e 2011, o volume de recursos aplicados pelo órgão em bolsas e outros incentivos à pesquisa saltou 13,6%. De R$ 1,5 bilhão em 2009, a verba investida passou para R$ 1,79 bilhão em 2011 (valores corrigidos).
Anteontem, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, se queixou da falta de mão de obra para atender bolsistas, depois de a Folha ter revelado, na quarta, que uma universidade britânica ofereceu empréstimos emergenciais de 500 libras (R$ 1.631) para cobrir atrasos do governo nos repasses de ajuda de custo a estudantes brasileiros.
Segundo ele, o número de bolsas concedidas passou de 4.000 em 2010 para 12 mil no ano passado, após a implantação do Ciência sem Fronteiras.
Com isso, aumentou o número de países onde brasileiros estudam --e demandam atenção da Capes.
Em 2001, os bolsistas de pós-graduação estavam concentrados em 24 países. Uma década depois, 44 nações recebem os pesquisadores.
"Estamos recebendo mais 140 servidores para a Capes toda, o que é muito pouco. Sabe quanto a Capes gasta com pessoal? 1,4% do seu orçamento", disse Guimarães.
"A Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo] gasta 5%."
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