O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no litoral da Bahia, acaba de realizar mais um curso de formação de condutores de ecoturismo subaquático, denominação adotada no plano de uso público do parque para designar os guias de visitantes em atividades de mergulho autônomo.
O curso, que é promovido todos os anos, foi realizado no Centro de Visitantes do parque, em Caravelas (BA), entre os dias 22 e 24 de novembro, teve carga horária de 24 horas e contou com a participação de 15 profissionais, todos acima de 18 anos e já treinados em mergulho avançado.
O curso é requisito obrigatório para a certificação e/ou renovação do certificado dos condutores junto ao parque em função da necessidade de proteção do ambiente recifal e do grau de risco inerente à atividade de mergulho.
CONTROLE - Segundo o coordenador do curso e analista ambiental do parque, Marco Antônio Gama de Albuquerque, a importância do Curso de Condutores de Ecoturismo Subaquático se dá principalmente em função de o ambiente recifal ser extremamente frágil, o que exige a garantia de mecanismos de controle de impactos.Marco Antônio lembrou ainda que o curso tem também um aspecto social importante, que é a geração de emprego e renda para moradores da região que querem trabalhar com turismo.
O mergulho autônomo está previsto no Plano de Manejo do parque, desde que a pessoa esteja acompanhada pelos condutores de ecoturismo subaquático.“Através do curso, mergulhadores avançados e instrutores de mergulho adquirem conhecimentos sobre processos ecológicos, aspectos físicos, biológicos e geológicos do parque, formas de relacionamento com o visitante, legislação ambiental, práticas interpretativas e de educação ambiental”, informou Marco Antônio.
IMPACTOS - O Parque Nacional Marinho de Abrolhos fica na região considerada como a de maior biodiversidade do Atlântico Sul e abriga o maior complexo recifal do Brasil. Todo esse universo marinho atrai turistas do País e do resto do mundo, interessados nos mergulhos para ver de perto os recifes de coral, espécies endêmicas, cavernas submarinas e naufrágios em mergulhos orientados.
O mergulho como atividade turística pode causar tanto efeitos positivos, levando os visitantes a conhecer e valorizar a unidade de conservação, contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia de serviços turísticos do entorno, como também pode causar impactos negativos decorrentes da interação do mergulhador com a vida marinha.
Os impactos negativos diretos são causados principalmente pelo pisoteio, manipulação, batidas com as nadadeiras e outras partes do equipamento junto aos corais. Há ainda os impactos indiretos, provocados pelo tráfego e fundeio de embarcações, uso de motores, poluição por resíduos oleosos, entre outros. Isso gera interferências danosas aos processos ecológicos e pode levar à ruptura de vínculos fundamentais para os ciclos de vida marinha.
FONTE: Ascom/ICMBio(61) 3341-9280
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