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O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, assinou a Portaria nº 231, que aprova o Programa de Cativeiro da arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), espécie ameaçada de extinção. O texto foi publicado na segunda-feira (30), no Diário Oficial da União (DOU).
O Programa de Cativeiro da arara-azul-de-lear tem como objetivo estabelecer um plantel adequado, em termos genético, demográfico, sanitário e comportamental, para integrar um futuro programa de revigoramento populacional, especialmente na região do Boqueirão da Onça, na Bahia.
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE), gerido pelo ICMBio, será responsável pela coordenação do Programa de Cativeiro da arara-azul-de-lear, com supervisão da Coordenação Geral de Manejo para Conservação, vinculada à Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Manejo da Biodiversidade (DIBIO). O programa será apoiado por um Grupo de Trabalho designado pelo presidente do ICMBio.
O manejo dos indivíduos deverá obedecer a toda a legislação aplicada ao transporte e manutenção dos animais.
A espécie
É uma arara de porte médio, cujos indivíduos chegam a medir 75 centímetros. Possui o bico negro e a plumagem da cabeça e do pescoço azul-esverdeada. Já o ventre e o dorso, azul bem claro, com asas e cauda azul escuro, sendo o anel perioftálmico (membrana ao redor do olho) em tom de amarelo-claro.
Apresenta uma área nua, de formato triangular, na base do bico, de coloração amarela, ainda mais clara do que a membrana ao redor do olho. A espécie passa a noite e faz o ninho em cavidades existentes nos paredões de arenito, saindo da área de repouso ao amanhecer, partindo para as áreas de alimentação. No final da tarde, os bandos retornam aos seus abrigos, chegando logo após o pôr-do-sol. O principal item alimentar é o coco da palmeira licuri (Syagrus coronata).
Plano de Ação Nacional (PAN)
Por se tratar de uma espécie ameaçada de extinção, o ICMBio aprovou em 2012 o Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Arara-Azul-de-Lear, que tem com objetivo manter o crescimento populacional da espécie até 2017, garantindo e incrementando a qualidade do hábitat e envolvendo as comunidades da área de ocorrência da espécie na sua conservação.
Comunicação ICMBio
(61) 3341-9280
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