15 de agosto de 2013

Risco biológico e incertezas do mundo globalizado são temas de Café Científico


Evento discutirá biossegurança e biosseguridade


Uma reflexão sobre a difusão de epidemias em meio às facilidades dos aparatos tecnológicos norteará os debates do próximo Café Científico da UFBA, intitulado “Desafios no enfrentamento do risco biológico: incertezas atuais em um mundo globalizado”.  O evento que acontece às 10h do dia 30/08, na Sala de Arte Cinema da UFBA, no Vale do Canela, trará como palestrante a pesquisadora Leila Macedo,  doutora em Microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
A atividade realizada pela Pró-Reitoria de Extensão (Proext) em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências e com a LDM – Livraria Multicampi, chamará atenção para o compromisso e o engajamento dos profissionais com as medidas de biossegurança e biosseguridade. De acordo com a pesquisadora Leila Macedo, “a padronização e a universalização de normas internacionais para permitir o mesmo rigor nos desafios impostos pelas pesquisas, no campo das biociências envolvem as relações tecnologia/risco/homem”. 
No mundo em que vivemos as distâncias foram encurtadas e a facilidade da comunicação está ao alcance de um botão. À primeira vista parece prazeroso, se esse aprimoramento tecnológico não trouxesse também problemas como a difusão de epidemias. 
As epidemias, antes concentradas em determinadas localidades com previsões de atendimento, fugiram do controle, mostrando o nosso despreparo para o enfrentamento de um inimigo invisível: o risco biológico. Esse inimigo invisível preocupa as transações econômicas, comerciais, políticas e principalmente científicas. “O risco biológico pode chegar até mesmo através de uma correspondência contendo toxinas letais, epidemias como a gripe aviária, as superbactérias da Índia, o avanço da dengue, epidemias que atravessam oceanos e dizimam comunidades, plantações e pecuária”, complementa Macedo. 
Sobre a palestrante
Leila Macedo é Bacharel em Química, mestre e doutora em Microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi responsável pela implantação do Controle de Qualidade de Vacinas do Programa Nacional de Imunizações, no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, e do Núcleo de Biossegurança da Fundação Oswaldo Cruz, tendo assessorado o Congresso Nacional na elaboração da Lei de Biossegurança brasileira. Pertence ao corpo editorial da revista científica Journal of Biosafety and Health Education e é diretora-presidente e fundadora da Associação Nacional de Biossegurança.  Em âmbito internacional, assessorou a formulação das normas de Biossegurança em vários países da Ásia e da África e foi fundadora e membro da diretoria da International Federation of Biosafety Association, que congrega cerca de 60 entidades que trabalham com biossegurança no mundo.

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