15 de agosto de 2013

Projeto reduz a quase zero perdas de caranguejo-aratu

mangue2O Projeto Manguezais do Brasil, uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), reduziu de quase 50% para 1% as perdas do caranguejo-aratu durante o transporte. A espécie, típica dos manguezais e fonte importante de proteínas para as comunidades, só pode ser levada viva para o local de consumo.

Esse é apenas um dos resultado do projeto, que tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre manguezais brasileiros, além de melhorar o monitoramento e o manejo de unidades de conservação que preservam esse tipo de ecossistema

O Projeto Manguezais do Brasil contribui para a conservação e o uso sustentável dos manguezais e de suas funções e serviços ambientais necessários para o desenvolvimento humano sustentável das comunidades costeiras.

No momento, seus integrantes estão debatendo o Plano de Gestão Integrada de Recursos Pesqueiros para as reservas extrativistas marinhas. O projeto é financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente Mundial.
Os manguezais estão entre os ecossistemas mais ricos, tanto em biodiversidade quanto em produtividade. No Brasil, ocupam uma área estimada de 1,3 milhão de hectares de faixa costeira, do Amapá a Santa Catarina. Eles são fundamentais para a integridade e o equilíbrio ambiental e também para a economia e alimentação das populações costeiras.

Caranguejo-aratu
O caranguejo-aratu (Aratus pisonii) ocorre no Atlântico Ocidental desde a Flórida, Golfo do México, Antilhas, Norte da América do Sul, Guianas, até o Brasil (Piauí ao Paraná); e no Pacífico Oriental, da Nicarágua até o Peru. Habita borda e meio dos manguezais. Além do hábito herbívoro (alimenta-se de folhas), também consome pequenos insetos e até pedaços de animais encontrados presos entre as raízes do mangue.

Chamado também de marinheiro e aratu, este caranguejo apresenta hábito arborícola, sendo encontrado em ramos e troncos das árvores de manguezais, onde normalmente é bastante abundante. É um importante indicativo sobre o equilíbrio desse ecossistema, uma vez que quando ocorre algum impacto na cobertura original, costuma desaparecer de vista ou decrescer sua população sensivelmente.
As fêmeas geralmente são menores e em menor número que os machos, conforme localização geográfica e a condição estrutural dos manguezais.

O caranguejo-aratu, assim como outras espécies de caranguejo, tem valor econômico pois sua carne é nutritiva e proteica. É consumido em várias partes do Brasil. Para garantir os estoques da espécie, são definidos períodos de defeso (proibição da captura).

Comunicação ICMBio – (61) 3341-9280 – com informações de O Povo

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