O Projeto Manguezais do Brasil,
uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) e o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), reduziu de quase 50% para 1% as perdas do
caranguejo-aratu durante o transporte. A espécie, típica dos manguezais e
fonte importante de proteínas para as comunidades, só pode ser levada
viva para o local de consumo.
Esse é apenas um dos resultado do projeto, que tem como objetivo
ampliar o conhecimento sobre manguezais brasileiros, além de melhorar o
monitoramento e o manejo de unidades de conservação que preservam esse
tipo de ecossistema
O Projeto Manguezais do Brasil contribui para a conservação e o uso
sustentável dos manguezais e de suas funções e serviços ambientais
necessários para o desenvolvimento humano sustentável das comunidades
costeiras.
No momento, seus integrantes estão debatendo o Plano de Gestão
Integrada de Recursos Pesqueiros para as reservas extrativistas
marinhas. O projeto é financiado pelo Fundo para o Meio Ambiente
Mundial.
Os manguezais estão entre os ecossistemas mais ricos, tanto em
biodiversidade quanto em produtividade. No Brasil, ocupam uma área
estimada de 1,3 milhão de hectares de faixa costeira, do Amapá a Santa
Catarina. Eles são fundamentais para a integridade e o equilíbrio
ambiental e também para a economia e alimentação das populações
costeiras.
Caranguejo-aratu
O caranguejo-aratu (Aratus pisonii) ocorre no Atlântico
Ocidental desde a Flórida, Golfo do México, Antilhas, Norte da América
do Sul, Guianas, até o Brasil (Piauí ao Paraná); e no Pacífico Oriental,
da Nicarágua até o Peru. Habita borda e meio dos manguezais. Além do
hábito herbívoro (alimenta-se de folhas), também consome pequenos
insetos e até pedaços de animais encontrados presos entre as raízes do
mangue.
Chamado também de marinheiro e aratu, este caranguejo apresenta
hábito arborícola, sendo encontrado em ramos e troncos das árvores de
manguezais, onde normalmente é bastante abundante. É um importante
indicativo sobre o equilíbrio desse ecossistema, uma vez que quando
ocorre algum impacto na cobertura original, costuma desaparecer de vista
ou decrescer sua população sensivelmente.
As fêmeas geralmente são menores e em menor número que os machos,
conforme localização geográfica e a condição estrutural dos manguezais.
O
caranguejo-aratu, assim como outras espécies de caranguejo, tem valor
econômico pois sua carne é nutritiva e proteica. É consumido em várias
partes do Brasil. Para garantir os estoques da espécie, são definidos
períodos de defeso (proibição da captura).
Comunicação ICMBio – (61) 3341-9280 – com informações de O Povo
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