Instituto Baleia Jubarte critica Japão por manter caça de baleias
por Bárbara Affonso
A presidente
do Instituto Baleia Jubarte (IBJ), Márcia Engel, comentou nesta
quarta-feira (27) a afirmação do ministro da Agricultura e da Pesca do
Japão, Yoshimasa Hayashi, de que não pretende interromper a captura de
baleias no país. "O Japão se posiciona contra a opinião pública mundial,
ao invadir águas australianas para capturar baleias, o que viola
inclusive leis internacionais. Episódio ocorrido na semana passada, em
que o navio baleeiro japonês Nissin Maru investiu contra as embarcações
da [ONG de proteção dos mares] Sea
Shepherd, que causou danos materiais e colocou em sério risco as vidas
humanas ali presentes, demonstra o descaso do governo nipônico",
declarou ao Bahia Notícias.
O ministro japonês afirmou nesta terça
(26) que "pescar boas proteínas é muito importante para a segurança
alimentar". "Em alguns países come-se cachorro, na Coreia por exemplo,
na Austrália come-se canguru. Nós não comemos estes animais, mas não
pedimos para que estes países deixem de fazê-lo porque entendemos que
isso faz parte de suas culturas. Então eu peço: por favor, entendam a
nossa", argumentou. No entanto, a presidente do IBJ acredita que a
discussão ultrapassa a questão cultural. "Países como o Brasil e a
própria Austrália há muitos anos reconheceram a iminência de extinção
das grandes baleias dos oceanos do planeta e passaram a defender sua
conservação para a manutenção da saúde dos mares e para a geração de
riqueza para as comunidades costeiras através do turismo de observação",
explicou. As embarcações da Sea Shepherd seguem a frota japonesa desde o início da campanha de caça desta temporada na tentativa de impedi-la de capturar cetáceos.
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