Franco Adailton*
De acordo com o mergulhador Bruno Rocha, que coordenou um grupo com 20 ex-alunos, o objetivo é medir o impacto do lixo resultante das atitudes de consumo da população que frequentou a folia na Barra. Na primeira etapa, dia 6, primeiro dia de Carnaval, foi retirada quase meia tonelada de resíduos (485 kg), com 914 objetos.
Conforme Bruno, a ação ocorria de maneira pontual entre 2004 e 2011, em setembro, no Clean Up Day - Dia Mundial de Limpeza das Praias: "Percebemos a necessidade de ampliar esse trabalho, passando a fazê-lo quatro vezes ao ano".
Desde 2012, é feita uma ação em junho ou julho, outra em setembro, além das limpezas pré e pós-Carnaval. "Quanto mais voluntários puderem vir colaborar, melhor", convida. Mestrando em geologia marinha, o oceanógrafo Gerson Fernandino informa que, desde setembro passado, quando aderiu ao grupo, a coleta passou a ter cunho científico. "Para identificar o tipo e a rota desse lixo, de forma a propor soluções", detalha.
Além de levar anos para se decompor no meio ambiente, ele acrescenta, os resíduos causam efeitos diretos e indiretos no ecossistema. Segundo diz, o lixo impede a troca gasosa dos corais, levando-os à morte. Restos de redes podem prender golfinhos e tartarugas, causando morte por afogamento.
Fundo da folia - Em iniciativa semelhante, ontem, também na Barra, cerca de 20 voluntários do Projeto Fundo da Folia, criado há quatro anos, recolheram mil latinhas de alumínio, 300 garrafas PET e mais de 100 objetos diversos, incluindo dois pneus. Jornalista, mergulhador e surfista, o diretor do projeto, Eduardo Escariz, conta que a ideia surgiu quando surfistas pensavam em fazer um documentário sobre o esporte.
Colaborou Marjorie Moura*
FONTE: http://atarde.uol.com.br/bahia/materias/1484538
Mergulhadores retiram uma tonelada de lixo do fundo do mar na praia da Barra
porNaira Sodré e Tiago Nunes
Foto: Angelo Pontes
Mergulhadores deixam a Barra limpa
Cerca de uma tonelada de resíduos foram retirados do fundo do mar
da praia da Barra, em Salvador, em uma iniciativa que juntou 15
mergulhadores do Projeto Fundo Limpo e voluntários.
Uma enceradeira, de 1,44 m, e um fogão industrial estavam entre o lixo coletado e chamaram a atenção dos soteropolitanos e turistas que transitavam na região nessa quinta-feira (14/2).
De acordo com a Escola de Mergulho Galeão Sacramento, ao menos 560 unidades de lata de alumínio e 213 garrafas plásticas foram encontradas no meio subaquático. O material foi encaminhado para uma empresa de reciclagem.
Do total recolhido, destacam-se 74 abadás de blocos e camarotes do Carnaval 2013 e 530 palitos de madeira (picolé e churrasquinho).
A ação teve como objetivo remover a maior quantidade possível de resíduos do meio marinho entre o Porto da Barra e o Cristo, numa tentativa de sensibilizar a população para a necessidade da limpeza do mar e para os efeitos nefastos da poluição marítima.
Segundo o oceanógrafo Gerson Fernandino, muita gente vê o fundo do mar como um depósito de lixo. E essa visão tem que ser mudada. O lixo causa problemas e até morte da fauna marinha, sufocamento de corais e problemas para banhistas. Dentro desta ótica o Projeto Fundo Limpo pretende não só retirar o maior número possível de lixo do mar, como também realizar, em uma segunda etapa, uma pesquisa científica com o material coletado.
“Queremos gerar conhecimento científico com os resultados obtidos e disponibilizar para a população e frequentadores das praias, a fim de alertá-los para o problema da poluição, criando mais consciência ecológica”, declarou o diretor da Escola de Mergulho Galeão Sacramento, Bruno Rocha Souza.
O oceanógrafo Gerson Ferdinando explicou que o lixo marinho não fica restrito apenas à faixa de areia. Plástico, madeira, vidro, tecido, metal, borracha, entre outros itens, são constantemente encontrados flutuando na coluna d’água e depositados no fundo do mar.
“O lixo de fundo, também chamado de lixo bentônico, ameaça de diversas formas os animais e os ecossistemas associados ao fundo marinho, sufocando corais, entupindo brânquias de pequenos animais filtradores. Também são ingeridos por predadores que o confundem com alimento e emaranhando e afogando peixes, tartarugas, golfinhos e tubarões”, explicou.
”Sem falar que as praias têm papel fundamental na atração de turistas para Salvador. A grande quantidade de lixo espalhado nas areias e no fundo do mar é um desestímulo ao turismo da cidade”, acrescentou.
Materiais e métodos
Para a realização do Projeto Fundo Limpo foi utilizado a metodologia sugerida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), com todos os equipamentos básicos que assegurem a integridade dos mergulhadores envolvidos na coleta.
A operação também incluiu equipamentos destinados à remoção e armazenamento dos itens (embarcações de apoio, cabos, GPS, boias e sacos-rede) e registro de dados, informações e imagens (câmera para filmagem e fotografia). Desde setembro do ano passado que o projeto ganhou mais fundo científico.
Todo o material coletado será examinado em laboratório. Assim vamos entender os fatores que contribuem para a entrada deste lixo no fundo do mar.
Do material já analisado foi observado que parte dele estava depositado na areia da praia e se deslocou para o mar com o fluxo e refluxo da maré.
Muitos banhistas que estavam no Porto da Barra, louvaram a iniciativa. O turista paulista Mario Freitas, terminou tirando fotos do lixo coletado e comentou que “é preciso que as pessoas se conscientizem de que o mar não é uma lixeira, comentou.
Uma enceradeira, de 1,44 m, e um fogão industrial estavam entre o lixo coletado e chamaram a atenção dos soteropolitanos e turistas que transitavam na região nessa quinta-feira (14/2).
De acordo com a Escola de Mergulho Galeão Sacramento, ao menos 560 unidades de lata de alumínio e 213 garrafas plásticas foram encontradas no meio subaquático. O material foi encaminhado para uma empresa de reciclagem.
Do total recolhido, destacam-se 74 abadás de blocos e camarotes do Carnaval 2013 e 530 palitos de madeira (picolé e churrasquinho).
A ação teve como objetivo remover a maior quantidade possível de resíduos do meio marinho entre o Porto da Barra e o Cristo, numa tentativa de sensibilizar a população para a necessidade da limpeza do mar e para os efeitos nefastos da poluição marítima.
Segundo o oceanógrafo Gerson Fernandino, muita gente vê o fundo do mar como um depósito de lixo. E essa visão tem que ser mudada. O lixo causa problemas e até morte da fauna marinha, sufocamento de corais e problemas para banhistas. Dentro desta ótica o Projeto Fundo Limpo pretende não só retirar o maior número possível de lixo do mar, como também realizar, em uma segunda etapa, uma pesquisa científica com o material coletado.
“Queremos gerar conhecimento científico com os resultados obtidos e disponibilizar para a população e frequentadores das praias, a fim de alertá-los para o problema da poluição, criando mais consciência ecológica”, declarou o diretor da Escola de Mergulho Galeão Sacramento, Bruno Rocha Souza.
O oceanógrafo Gerson Ferdinando explicou que o lixo marinho não fica restrito apenas à faixa de areia. Plástico, madeira, vidro, tecido, metal, borracha, entre outros itens, são constantemente encontrados flutuando na coluna d’água e depositados no fundo do mar.
“O lixo de fundo, também chamado de lixo bentônico, ameaça de diversas formas os animais e os ecossistemas associados ao fundo marinho, sufocando corais, entupindo brânquias de pequenos animais filtradores. Também são ingeridos por predadores que o confundem com alimento e emaranhando e afogando peixes, tartarugas, golfinhos e tubarões”, explicou.
”Sem falar que as praias têm papel fundamental na atração de turistas para Salvador. A grande quantidade de lixo espalhado nas areias e no fundo do mar é um desestímulo ao turismo da cidade”, acrescentou.
Materiais e métodos
Para a realização do Projeto Fundo Limpo foi utilizado a metodologia sugerida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), com todos os equipamentos básicos que assegurem a integridade dos mergulhadores envolvidos na coleta.
A operação também incluiu equipamentos destinados à remoção e armazenamento dos itens (embarcações de apoio, cabos, GPS, boias e sacos-rede) e registro de dados, informações e imagens (câmera para filmagem e fotografia). Desde setembro do ano passado que o projeto ganhou mais fundo científico.
Todo o material coletado será examinado em laboratório. Assim vamos entender os fatores que contribuem para a entrada deste lixo no fundo do mar.
Do material já analisado foi observado que parte dele estava depositado na areia da praia e se deslocou para o mar com o fluxo e refluxo da maré.
Muitos banhistas que estavam no Porto da Barra, louvaram a iniciativa. O turista paulista Mario Freitas, terminou tirando fotos do lixo coletado e comentou que “é preciso que as pessoas se conscientizem de que o mar não é uma lixeira, comentou.
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