Descoberta nova espécie de bromélia na Bahia
A descoberta da Alcantarea pataxoana
foi resultado do trabalho de pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e do Instituto
de Botânica de São Paulo, e publicada na revista científica Systematic
Botany volume 37(3) de 2012.
A descrição da nova espécie foi feita
por Leonardo Versieux, tendo como base uma planta cultivada no
Bromeliário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro sob os cuidados da
bióloga Nara Vasconcellos. O exemplar do JBRJ veio de uma coleta
realizada pelo pesquisador Gustavo Martinelli (CNCFlora/JBRJ) em
expedição ao Parque Nacional de Monte Pascoal (BA) em 1999.
A planta foi mantida em cultivo nas
estufas do JBRJ por mais de 10 anos até florescer e poder ser estudada.
"Isto ressalta a importância da coleção científica do bromeliário para
pesquisas, pois durante as expedições a campo algumas espécies
potencialmente novas passam despercebidas por não estarem florescendo.
Além disso, o contato com a planta viva permite examinar em detalhe as
características das flores, que em geral se perdem no material seco e
herborizado", explica Leonardo Versieux.
A coleção do Bromeliário do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro tem no total 3074 plantas de 541 espécies
dessa família, sob a responsabilidade de Nara Vasconcellos. As bromélias
são a família de plantas com maior número de espécies ameaçadas de
extinção no Brasil.
O nome pataxoana foi uma homenagem dos
autores aos índios pataxós, que habitam aquela região da Bahia e foram
os primeiros a travar contato com os portugueses em 1500.
O artigo tem como autores Leonardo M.
Versieux, Nara Vasconcellos, Gustavo Martinelli e Maria das Graças Lapa
Wanderley, esta última do Instituto de Botânica de São Paulo. As
ilustrações são de Paulo Ormindo (JBRJ e UFRRJ).
FONTE:
http://www.jbrj.gov.br/materias/22_08_2012%283%29.html
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