17/08/2012Campus III realiza pesquisa inédita sobre cultivo orgânico de tomate
Laís Oliveira*
Núcleo de Jornalismo
Assessoria de Comunicação
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O tomate é a segunda hortaliça mais consumida no Brasil e uma das mais propícias à proliferação de pragas com as mudanças climáticas. Por conta disso, a utilização de agrotóxicos é cada vez maior em sua produção, e na região de Juazeiro-Petrolina mais de 40% dos agrotóxicos usados são altamente tóxicos para o homem e nocivos também ao meio ambiente.
Pensando em soluções para o problema, o professor Paulo Pinto do curso de agronomia do Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) do Campus III da UNEB, em Juazeiro, desenvolveu a pesquisa intitulada Eficiência agronômica de um sistema de produção orgânica de cultivares de tomate (Lycopersicon Esculentum Mill) em ambiente protegido e em campo aberto, utilizando biofertilizante e extratos concentrados de algas marinhas na Região do Submédio São Francisco.
De acordo com Paulo, foi constatado que a região possui condições favoráveis para a produção de tomates orgânicos de alta qualidade.
A iniciativa, realizada juntamente com estudantes do curso, consiste no cultivo orgânico do tomate com a utilização de produtos naturais, que reduz o ataque de organismos prejudiciais ao seu desenvolvimento.
“O tomate orgânico traz benefícios ao consumidor e ao meio ambiente. Esse tipo de fruta tem maior valor biológico, mais nutrientes e mais antioxidantes que os tomates convencionais, que retardam o envelhecimento, melhoram o sistema imunológico e a qualidade de vida”, explicou Paulo.
Produção orgânica do tomate em Juazeiro
A produção orgânica do tomate, é realizada na Estação Experimental de Produção Orgânica, do departamento, que ocupa uma área de cerca de 600 metros quadrados.
Segundo Paulo, por causa da alta temperatura e a forte intensidade de luz na região, parte do experimento foi protegido com telas de sombreamento. Elas filtram determinados raios, como os ultravioletas, que podem impedir a fotossíntese nos horários de calor mais intenso.
“O cultivo é realizado em base ecológica, a partir de produtos naturais como os extratos concentrados de algas marinhas nas plantações. O objetivo é verificar qual a eficiência desses promotores de crescimento na qualidade e na produtividade do tomate”, pontua o pesquisador.
Ainda de acordo com Paulo, o diferencial da pesquisa é a não-utilização de agrotóxicos, que são cada vez mais comuns nas produções de tomate no país.
Em decorrência do uso indiscriminado dos agrotóxicos cresceu a incidência de doenças crônicas não transmissíveis na região, como tumores cancerígenos, de acordo com relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicado em dezembro de 2011.
* Com informações de Luna Layse, do Núcleo de Comunicação do DTCS/Campus III
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