23 de abril de 2012
Momento de adaptação com a temperatura das águas da baía da Sapetinga
Crédito: JBO
A Bahia Pesca, fez no final de semana o repovoamento de um milhão de megalopas – pequenos caranguejos na segunda fase de desenvolvimento, medindo apenas meio centímetro – no manguezal da Avenida Beira Rio, bairro Sapetinga em Ilhéus O repovoamento faz parte do programa de fortalecimento e geração de renda para as famílias da área de implantação do Porto Sul, projeto do Governo do Estado que está em fase de licenciamento ambiental pelo Ibama e que dará um novo impulso ao desenvolvimento regional.
A iniciativa faz parte do Puçá – Programa Integrado de Manejo e Gerenciamento do Caranguejo-uçá e as megalopas foram cultivadas no laboratório da Bahia Pesca na Fazenda Experimental Oruabo, em Santo Amaro, onde também são realizadas as principais atividades de pesquisa da Bahia Pesca. As cem fêmeas utilizadas para a reprodução foram capturadas no próprio manguezal e devolvidas ontem ao habitat natural, durante o evento.
O gerente da Fazenda Oruabo, Jerônimo Souza Filho explicou para estudantes, marisqueiras, representantes de colônias de pescadores, professores e jornalistas como é realizado o ciclo de vida do uçá. Já a tecnóloga em aqüicultura Eliane Hollunder, responsável pelo Laboratório de Reprodução de Caranguejo, liberou as larvas, transportadas em sacos plásticos, no manguezal.
Objetivo - “O principal objetivo do repovoamento é a defesa do meio ambiente já que eles crescem, se tornam reprodutores, mantendo o ciclo e conseqüentemente o equilíbrio ambiental”, explica o presidente da Bahia Pesca,empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Agrária, Isaac Albagli. Ele lembra que em 1997 a DLC – Doença Letárgica do Caranguejo – matou milhões destes crustáceos em vários estados do Brasil, fato que muito contribuiu para a redução da quantidade da espécie.
Educação Ambiental - Isaac afirma, no entanto, que o ser humano é quem mais dizima, pois muitos capturam os caranguejos sem os critérios determinados pelos órgãos ambientais, desmatam e poluem os manguezais. Ele destaca ainda que, paralelo ao repovoamento, a Bahia Pesca promove palestras orientando a população a preservar o meio ambiente, não capturar caranguejo com tamanho inferior a cinco centímetros, fêmeas ovadas ou no período das andadas. A cada ano o crustáceo cresce apenas um centímetro.
Momento de adaptação com a temperatura das águas da baía da Sapetinga
Crédito: JBO
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