O
QUE?
CAFÉ
CIENTÍFICO SALVADOR – BRINCAR OU BRINCAR: EIS A QUESTÃO.
QUANDO?
19
DE DEZEMBRO DE 2014
A
QUE HORAS? 18 HORAS
ONDE?
SALA KÁTIA MATTOSO, BIBLIOTECA PÚBLICA DO ESTADO DA BAHIA (BIBLIOTECA DOS
BARRIS), RUA GENERAL LABATUT, 27, BARRIS, SALVADOR-BA
O
Café Científico Salvador, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino,
Filosofia e História das Ciências (UFBA/UEFS), pela LDM - Livraria Multicampi,
com apoio da Tribuna da Bahia, da Rádio CBN e da Biblioteca Pública do Estado
da Bahia, segue adiante em Dezembro de 2014 com o evento:
19/12/2014
– 18 horas
Brincar
ou Brincar: Eis a Questão
Ilka
Bichara (Instituto de Psicologia/UFBA)
Para
mais informações, ver resumo abaixo.
Local:
Sala Kátia Mattoso, Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Biblioteca dos
Barris), Rua General Labatut, 27, Barris, Salvador-BA.
O
Café Científico é um local em que qualquer pessoa pode discutir
desenvolvimentos recentes das várias ciências e seus impactos sociais. Ele
oferece uma oportunidade para que cientistas e o público em geral se encontrem
face a face para discutir questões científicas, numa atmosfera agradável.
O evento é inteiramente gratuito
e não necessita de inscrição.
Para mais informações, ligue 71
3283-6568.
Maiores
informações sobre o café científico de Salvador podem ser encontradas em
http://cafecientificossa.blogspot.com
Informações
gerais sobre a iniciativa dos Cafés Científicos podem ser conseguidas no
seguinte sítio: http://www.cafescientifique.org.
Att
Comissão
Organizadora do Café Científico:
Charbel Niño El-Hani (Instituto de Biologia, UFBA. Programa de Pós-Graduação em
Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS. Programa de Pós-Graduação
em Ecologia e Biomonitoramento, UFBA)
Primo Maldonado (LDM)
Luana Maldonado (LDM)
Paola Perez (LDM)
Anna Cassia Sarmento (Colégio da
Polícia Militar. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das
Ciências, UFBA/UEFS)
Cássia Regina Reis Muniz (Colégio
da Polícia Militar. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História
das Ciências, UFBA/UEFS)
Natália Rodrigues da Silva
(Colégio da Polícia Militar. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e
História das Ciências, UFBA/UEFS)
Jailson Alves dos Santos
(Instituto de Química/UFBA. Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e
História das Ciências, UFBA/UEFS)
Ítalo Carvalho (Programa de
Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências, UFBA/UEFS)
Luciana Fiuza (Instituto de
Biologia, UFBA)
Valter Alves Pereira (Colégio da
Polícia Militar)
Brincar ou
brincar: eis a questão
Ilka Bichara
Instituto de Psicologia/UFBA
Instituto de Psicologia/UFBA
Resumo
A espécie
humana é curiosa e lúdica. Não importa onde, na cidade ou no campo, no palácio
ou na favela, no frio ou no calor, no pântano ou no deserto, brincar é uma
característica predominante nas crianças e não está ausente entre os adultos.
Ainda que cada cultura, cada grupo, cada turma de amigos e mesmo cada criança
tenha suas brincadeiras particulares, a simples existência do fenômeno é
inquestionavelmente universal. Podemos então afirmar que brincar é uma
característica definidora e universal da infância, embora culturalmente variável.
Mas o que é brincar e por que essa é uma atividade tão presente?
Antes de
qualquer tentativa de definição, é importante registrar que não só as crianças
brincam. Filhotes de outras espécies, principalmente mamíferos, também brincam,
mas nem todos. Vamos então começar nossa conversa tentando encontrar o que
existe de comum entre as espécies que brincam. Foi o que fez Burghardt (2005)
ao elaborar uma síntese com cinco grupos de critérios identificadores, o que
ele denomina os “big five” da brincadeira: Função imediata limitada;
Componente endógeno; Diferença temporal ou estrutural; Ocorrência
repetida; Ambiente relaxado.
Mas, para que
serve o brincar? Por que esse comportamento foi selecionado? Como um
comportamento pode ser crucial e supérfluo ao mesmo tempo? E, se brincar é uma
extravagância, como persistiu? Deve ter alguma função de adaptação ou, ao
menos, um benefício que sobreponha seu custo, se não teria sido eliminada pelas
forças da seleção natural.
Discutiremos
esta questão a partir da hipótese de que brincar é, provavelmente, uma
adaptação ontogenética, ou seja, um sistema comportamental que melhora a
adaptação do indivíduo nos estágios imaturos da vida, perdendo seu significado
na idade adulta.
Indicações
de leitura:
Bichara,
I.D.; Lordelo, E.R.; Carvalho, A.M.A. & Otta, E. (2009) Brincar ou brincar:
eis a questão – perspectiva da psicologia evolucionista sobre a brincadeira.
In: Yamamoto, M. E. e Otta, E. (Orgs) Psicologia Evolucionista. Rio de janeiro: Guanabara
Koogan, 104-113.
Carvalho,
A. M. A. (1989). Brincar juntos: natureza e função da interação entre crianças.
In C. Ades (Org.),
Etologia: de
animais e de homens
(pp.199-210). São
Paulo: Edicon.
Carvalho,
A. M. A.; Pontes, F. A. R.; Magalhães, C. M. C. & Bichara, I. D. (2003). Brincadeira e Cultura: viajando
pelo Brasil que brinca. São
Paulo: Casa do Psicólogo.
Yamamoto,
M.E. & Carvalho, A.M.A. (2002). Brincar
para que? Uma abordagem etológica ao estudo da brincadeira. Estudos de
Psicologia, 7(10),
163-164.
Burghardt, G. (2005). The genesis of
animal play: testing the limits. Cambridge: MIT Press.
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