As empresas, Suzano Papel e Celulose e Fibria Celulose, assinaram na manhã desta segunda-feira, 5 de dezembro, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), com objetivo de corrigir danos ambientais ocasionados na região.
A assinatura aconteceu na Base Ambiental de Teixeira de Freitas, e foi proposta pelo promotor de Justiça, Fábio Corrêa por intermédio da Promotoria de Justiça Ambiental Regional de Teixeira de Freitas e do Núcleo Mata Atlântica – Regional Costa das Baleias.
O documento prevê a implantação do “Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal” que é uma das previsões do TAC, tendo como intervenientes a Fundação José Silveira, Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Faculdade Pitágoras.
Através do programa as empresas auxiliarão na restauração florestal das áreas de reserva legal, preservação permanente e remanescente de Mata Atlântica de propriedades rurais em que adquirirem matéria-prima.
O diretor da Uneb Campus X, em Teixeira de Freitas, Décio Bessa, explicou que a universidade já planejava junto ao IBAMA, a elaboração de um programa parecido que envolvesse um herbário. “A partir das ampliações dessas discussões sobre a necessidade da conservação e reflorestamento de áreas no Extremo Sul da Bahia, começou-se a criar um programa maior, com o envolvimento do Ministério Público em todo processo”, disse.
A Uneb fará a doação de 30 hectares para execução de parte do projeto, servindo também, como campo de pesquisa, ações de extensão ambiental para o colegiado de Biologia. O local terá duas salas e fará desde a coleta de sementes até a distribuição ou comercialização se necessário, para melhor desenvolvimento da região na perspectiva ambiental. “A iniciativa é de grande importância para a região considerando as diversas áreas devastadas que existem, e a falta de um acompanhamento técnico para fazer o reflorestamento”, comentou Décio.
O representante da Suzano, Osni Aparecido, falou sobre a participação da empresa e declarou que a significância maior da ação consiste em contribuir com o Estado num processo de recuperação do que foi degradado durante um longo período de exploração. “É um projeto piloto com uma ação extremamente positiva, é um desafio técnico, econômico e social, que pode servir de exemplo para todo país”, disse.
Para o representante da Fibria Anselmo Farias, contribuição dada pela empresa, reforça o compromisso com a conservação ambiental, já existente na Fibria, sendo uma responsabilidade social alinhada com a missão e valores da organização.
Ele também falou da atuação do Ministério Público e disse que esse é um papel moderno do órgão, que vê nas ações articuladas com a sociedade a busca de soluções.
O promotor Fábio Corrêa adiantou que o projeto pode abranger até R$ 30 milhões, “com esse montante bem administrado pela Fundação José Silveira seguindo as linhas do projeto com a participação de outros intervenientes Teixeira de Freitas será referência de restauração florestal para todo país”, declarou.
O promotor também destacou a importância da participação da Uneb na formação de profissionais para cuidar na região, das questões ambientais. Corrêa também adiantou que o programa terá área específica num anfiteatro e jardim sensitivo para portadores de necessidades especiais, além do próprio Arboreto que pode servir para ensinamentos ambientais nas escolas. “A presença da Academia será um ganho, tanto para o programa como para a universidade”, finalizou.
fonte:http://www.sulbahianews.com.br/ver.php?id=11860#
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