Em Santa Cruz de Tenerife (Espanha)
Cientistas de uma universidade alemã e da Fundação Parque Papagaio, de
Tenerife (Espanha), desenvolveram um método de inseminação artificial
pioneiro no mundo que tornará possível reproduzir espécies ameaçadas em
vias de extinção.
Trata-se de uma descoberta histórica em medicina veterinária porque dá
"um raio de esperança" para as espécies de psitacídeos grandes - que
inclui papagaios, araras, periquitos, entre outras - cuja sobrevivência
está seriamente ameaçada, explicou em entrevista à Agência Efe o biólogo
David Waugh, diretor da Fundação Parque Papagaio e responsável pelos
projetos de papagaios no centro.
O projeto começou com os exemplares do centro, e a primeira etapa do
experimento, que consiste em desenvolver um método de coleta de sêmen
baseado na estimulação elétrica, foi concluída com sucesso.
A pesquisa foi iniciada pelo professor Michael Lierz, da Universidade
de Giessen, na Alemanha, e conta com o financiamento da Fundação, que
abriga em Tenerife, na Ilhas Canárias, no Atlântico, o maior e mais
diverso centro de criação de psitacídeos do mundo.
"Pelo tamanho e a alta diversidade de sua reserva de psitacídeos, assim
como a qualidade de suas instalações, a Fundação Parque Papagaio sempre
foi o colaborador mais indicado para fazer essa pesquisa", explica
Lierz.
Os primeiros testes foram bem sucedidos e, após obter esperma dos
exemplares machos, se procedeu a 63 tentativas de inseminar as fêmeas,
com 25 resultados positivos, entre eles, o primeiro ovo posto mediante
ao uso desta técnica, com a qual veio ao mundo um filhote de arara.
Além disso, explicou Waugh, "a possibilidade de congelar esperma
aumenta nossas opções em relação à transferência de material genético, e
poderá ser usado esperma de um macho para várias fêmeas de diferentes
grupos em vários lugares. Trata-se de manter a máxima variabilidade
genética na população e que assim seja viável".
www.uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário