Macaco é encontrado dentro de caixa de papelão à beira de rodovia na Bahia
Ele foi localizado pela Polícia Rodoviária Federal após denúncia anônima.
"Macaco barbado" foi levado para órgão especializado nesta segunda-feira.
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Um
"macaco barbado" foi apreendido na cidade de Cândido Sales, região
sudoeste da Bahia, na manhã desta segunda-feira (16). A ação foi
realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) depois de denúncia
anônima. O animal foi encontrado preso dentro de uma caixa de papelão no
acostamento da rodovia BR-116. Resgatado, o macaco foi encaminhado ao
Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas/Ibama), da cidade de
Vitória da Conquista. Não há informação sobre seu estado de saúde, nem
sobre o motivo de ter sido deixado à beira de rodovia. (Foto:
Divulgação/PRF)
Peixe viveu há 120 milhões de anos, quando continentes se separavam.
Fóssil bruto (acima); num molde de látex (centro); e desneho com detalhes anatômicos (abaixo) (Foto: Cesar Amaral)
Fóssil de peixe ‘europeu’ é encontrado no interior da Bahia
Peixe viveu há 120 milhões de anos, quando continentes se separavam.
Espécie recebeu nome em homenagem ao candomblé.
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Pesquisadores brasileiros encontraram no interior da Bahia fósseis de
um tipo de peixe pré-histórico nativo da Europa, que nunca tinha sido
encontrado na América do Sul. A espécie inédita foi descrita em um
estudo publicado em maio pela revista científica “PLoS One”.
saiba mais
Esse animal já extinto viveu há cerca de 120 milhões de anos, quando os
dinossauros dominavam a Terra e a geografia do planeta era
completamente diferente. A Pangeia, continente único que existiu até 200
milhões de anos atrás, já tinha se dividido em norte e sul, e a América
e a África estavam em processo de separação.
Nesse tempo, onde hoje fica o sertão da Bahia, havia um lago salgado,
uma faixa de mar que entrava para o continente. Foi no município de
Tucano, a 270 km de Salvador, que o fóssil desse peixe foi encontrado.
O fóssil já havia sido coletado na década de 1960 e mencionado em
trabalhos mais antigo, mas ninguém tinha descrito a nova espécie em uma
revista científica ainda – a publicação de um trabalho como esse é
necessária para que a existência de uma espécie seja aceita.
Fóssil bruto (acima); num molde de látex (centro); e desneho com detalhes anatômicos (abaixo) (Foto: Cesar Amaral)
Cesar Amaral, paleontólogo ligado à Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (Uerj), analisou o material e logo percebeu que esse peixe era
diferente de outros encontrados na região.
“Quando eu o vi, reconheci características dos grupos da Europa”,
contou Amaral. A principal diferença identificada em relação aos peixes
mais típicos da América do Sul foi no formato de um osso chamado
“pré-opérculo”, que fica na cabeça do animal. “É a primeira evidência
clara de intercâmbio entre a Espanha e essa região do Brasil”, apontou.
O paleontólogo explicou que quando os continentes se dividiram, surgiu
entre eles um mar conhecido como Mar de Tétis – um antecessor do Oceano
Atlântico, de certa forma. Por esse mar, várias espécies de animais se
espalharam pela Terra.
Isso que possibilitou que a espécie abundante na Europa chegasse também
ao que hoje é a Bahia. Há outros registros que dão indícios desse
processo, na Argentina, por exemplo. No Nordeste brasileiro, no entanto,
a descoberta é inédita.
Candomblé
A espécie recebeu o nome científico de Nanaichthys longipinnus. É uma homenagem à orixá Nàná Burukù e ao candomblé, como uma referência à religiosidade baiana – “ichthys” significa peixe em grego. A segunda parte do nome, “longipinnus”, é uma referência a uma característica anatômica do animal, que possui a cauda mais longa que seus parentes.
A espécie recebeu o nome científico de Nanaichthys longipinnus. É uma homenagem à orixá Nàná Burukù e ao candomblé, como uma referência à religiosidade baiana – “ichthys” significa peixe em grego. A segunda parte do nome, “longipinnus”, é uma referência a uma característica anatômica do animal, que possui a cauda mais longa que seus parentes.
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